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DISTRÓPICOS / Wilson Joel Leal Gasino

O labirinto, como ícone, é um símbolo que fascina o ser humano desde os tempos antigos. Ele representa uma jornada voltada para o interior cheia de decisões difíceis, perigos e descobertas. É um caminho não linear onde o prosseguir abre muito mais possibilidades do que apenas uma decisão entre direita ou esquerda, para baixo ou para cima, certo ou errado, obscuro ou iluminado. Teseu, o herói mitológico, dá nome ao protagonista deste livro, um homem atual vivendo seus dilemas, buscando respostas, perdido entre verdades fluidas e papéis cada vez mais difíceis de definir. Um homem em crise, que, após três tentativas de suicídio, um casamento frio, um emprego insípido e a rendição ao alcoolismo, resolve rever seu passado desde a morte de uma antiga namorada, torturada pela Ditadura, nos anos 70.

As esperanças, certezas e sonhos do passado são evocados e dissecados enquanto o personagem refaz seus caminhos, reencontra velhos amigos e tenta descobrir quem matou a moça e o porquê. Essa busca também é uma viagem metafórica do Brasil durante esse longo período de mudanças políticas e sociais, as decepções e avanços, e o estado de confusão atual, em que as pessoas não sabem no que acreditar nem para onde ir porque as utopias – de direita e esquerda – estão desgastadas e desacreditadas em meio a debates superficiais, discursos vazios e guerras de desinformação. Será uma longa jornada pelo labirinto da memória e o que ele vai encontrar pode ser pior do que imagina, fazendo com que esse caminho não tenha volta. Ou, quem sabe, pode ser a sua redenção. Também não é mera coincidência que a palavra “sentido” possa designar direção e, ao mesmo tempo, propósito na vida e significado da palavra. O labirinto que Teseu percorre também é o das palavras, pois é com elas que construímos e organizamos nossa visão de mundo e através delas também podemos nos perder e nos encontrar.

Wilson Gasino é jornalista há 30 anos. Trabalhou em jornais como Gazeta do Povo (Curitiba), Diário do Norte (Maringá), Jornal de Londrina, Jornal do Estado (Curitiba), A Tarde (Salvador), Bom Dia Rio Preto (SP) e Diário de S. Paulo. Desde 2014 é Analista de Comunicação/PR na CDN. Em março de 2006 lançou o livro-reportagem Histórias Sobre Corrupção e Ganância, falando sobre a quebra e privatização do Banestado. Em 2011 publicou o romance O Reino Místico dos Pinheirais, que se passa no período da Guerra do Contestado. Em 2014 lançou o livro de contos Impermanências. Atualmente mora em São Paulo (SP).

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Distrópicos
Wilson Joel Leal Gasino

Scortecci Editora
Ficção
ISBN 978-85-366-5186-6
Formato 14 x 21 cm 
224 páginas
1ª edição - 2017

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