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MEMÓRIAS DE MINHAS MEMÓRIAS / Nicomedis Vieira

Quem tem o privilégio de conhecer e conviver com nosso escritor Nicomedis Vieira, o seu Nico, certamente concordará com o dito de Euclides da Cunha no seu antológico Os Sertões. Sim, essa lapidar sentença que inicia a obra euclidiana é absolutamente verídica quando a empregamos para retratar a personalidade e o caráter desse nosso tão querido memorialista, que hoje nos brinda com um pouco de sua singular história. Nicomedis Vieira tem a força daqueles que, como ele, receberam de sua genitora (em seu caso, a Sra. Maria Rita de Jesus) a lição moral e vivificante de que há sempre um amanhã! Seu Nico é, para todos nós, o exemplo vivo do homem que enfrentou e enfrenta todas as mazelas da vida com uma coragem e uma esperança ímpares. Sua fé inabalável nas grandes transformações sociais que concorrem para o bem de tudo e de todos é uma marca registrada de sua amável e prestativa pessoa. Não é à toa que nosso Nico – assim o chamam seus mais íntimos – inicia o livro de suas memórias evocando nosso educador maior, Paulo Freire, quando este pontifica que o homem se educa em comunhão. Também esse conceito é uma verdade na existência e na trajetória do seu Nico. Amigo atento e solidário, nunca pensa apenas em si, mas é, antes de tudo, um constante convite para a alteridade, a festa, a comensalidade, enfim, a mais genuína e gratuita fraternidade. Com sua força e sua fé, venceu as adversidades do sertão onde nasceu, chegou à cidade grande e aqui, nesta tresloucada megalópole, construiu uma catedral de virtudes e esperanças, alicerçado em sua paixão pela vida e pela vida em abundância não só para ele e os seus, mas para todos, indistintamente, pois ele é indiscutivelmente um homem de partilha. Com estas suas memórias, seu Nico nos mostra o caminho de uma possível felicidade, quando temos, como ele, em nosso horizonte, a construção de um mundo novo e igualitário. Obrigado, seu Nico, pela sua contagiante fortaleza que muito nos inspira.

O sertanejo é, antes de tudo, um forte.
Euclides da Cunha

Nicomedis Vieira - Nasci em 22 de fevereiro de 1938 em Condeúba (BA). Com dez anos de idade, mudei-me para o interior do estado de São Paulo, continuando meu trabalho na roça, agora nas cidades de Lucélia e Tupã. Posteriormente, vim para a capital paulista, trabalhando como servente de pedreiro, ajudante de caminhão e depois como motorista, tendo me aposentado nessa profissão. Em 1959 me casei com Maria e tivemos quatro filhos, netos e construímos uma feliz família. Minha fé e meu compromisso social como cristão engajado levaram-me a militar na Pastoral Operária, juntamente com Santo Dias da Silva e Teodoro da Vila Ré, enfrentando e resistindo juntos aos difíceis dias da ditadura militar que se instaurou em nosso país em 31 de março de 1964. Acompanhei por anos a fio as crianças em situação de rua de nossa megalópole. Jamais deixei de acreditar na fraternidade universal, motivo pelo qual sempre aliei fé e política na minha prática vivencial. Hoje pertenço à Pastoral Carcerária de São Paulo e sou membro da Família Espiritual de Charles de Foucauld.

Serviço:

Memórias de Minhas Memórias
Nicomedis Vieira

Scortecci Editora
Crônicas
ISBN 978-85-366-5513-0
Formato 14 x 21 cm 
48 páginas
1ª edição - 2018

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