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SERIGUELAS / Maria Antonia de Oliveira



Pensei que poemas e seriguelas não eram coincidência. Cada poema é um fruto, coisa que se experimenta não com a cabeça, mas com o corpo. Os intelectuais, diante de um poema, se põem logo a interpretar. Que é que o autor quer dizer? E escrevem explicações. Querem melhorar o texto poético. O autor queria dizer, mas não pôde. Poesia é uma tentativa frustrada de dizer algo. Aborto: ao invés de ideias claras e distintas, imagens confusas. E operam, assim, uma metamorfose perversa: a poesia é transformada em prosa, o sabor vira saber, a seriguela é dita como fórmula.

Não sabem que isto não se pode fazer. Um poema não é para ser entendido com a razão, mas para ser sentido com o corpo. Pois o corpo, como bem lembra Roland Barthes, tem também suas ideias, ideias que nada tem a ver com aquelas que moram na cabeça. Transformar o poema, de objeto de gozo e fruição, em objeto de pensamento, é arrancá-lo do seu lugar, exilá-lo em terra estranha. Um poema não mora em salas de aula. Seu lugar é o Paraíso: fruto. (...) Rubem Alves 

Maria Antonia de Oliveira é casada, mãe de três filhos, poeta, arte-educadora e coordenadora pedagógica. Faz parto do Núcleo Piracema de Estudos Junguianos. Desenvolve oficinas de Poesias. É apaixonada por processos criativos. Nasceu em Olímpia. Já morou em Salvador, Campinas, Colorado Springs, Presidente Venceslau e em terras pantaneiras entre Miranda e Corumbá. Atualmente mora em São José do Rio Preto e em muitos outros lugares, na imaginação. Formada em Psicologia (PUC- Campinas), e Pedagogia (UNICAMP).
  

Serviço:

Seriguelas
Maria Antonia de Oliveira
Scortecci Editora
Poesia
ISBN 978-85-366-0490-5
Formato 14 x 21 cm
96 páginas
1ª Edição - 2006 

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