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A SUJEIÇÃO CONTEMPORÂNEA NA ESCOLA / Dionísio Júlio Beskow

Esse é um texto na verdadeira acepção da palavra, no sentido em que se trata de uma autêntica tessitura. O que mais chama a atenção no quadro geral do trabalho é que o autor não deixa fios soltos na análise dessa trama terrível que é o momento atual, permeado até a medula pelas ideologias neoliberais. Com muita sensibilidade e competência, bem como, com sua intuição de educador comprometido, Dionísio vai desvelando a gênese de uma situação onde o capital atingiu nível inédito de poder. E ele vai descrevendo esse fenômeno com grande perspicácia, desvelando toda sua sutileza e perversidade.  

Dionísio Júlio Beskow tem experiência de mais 20 anos em sala de aula. Foi professor alfabetizador em escolas multisseriadas na Rede Municipal de Agudo, Cachoeira do Sul e Paraíso do Sul-RS. Lecionou Português no Ensino Fundamental e EJA. Foi também diretor eleito da escola pública estadual. É graduado em Letras pela UNISC, especializou-se em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira na UNIFRA, Santa Maria-RS. Em 1994-95, cursou algumas disciplinas no Mestrado em Letras da UFSM. Em 2004, concluiu seu Mestrado em Desenvolvimento Regional, na área de concentração sociocultural do Desenvolvimento, pelo PPGDR-Mestrado e Doutorado – UNISC. Defendeu suas dissertação sobre “Neoliberalismo e a construção do sujeito contemporâneo: um dilema para o desenvolvimento regional”. Atualmente, exerce a função de Coordenador Pedagógico na Escola Estadual de Ensino Fundamental Bruno Agnes, em Santa Cruz do Sul-RS. Esta obra, em parte, é o resultado de sua dissertação de Mestrado. Neste livro, o autor estuda o modelo de sociedade capitalista neoliberal que foi sendo erguido a partir de alguns pilares fundamentais como a fragmentação, hiperindividualismo, homogeneização, epistemologia da verdade única e ataque aos vínculos, que nada mais são do que estratégias sutis de poder que trazem consequências nefastas para a construção de subjetividade/conhecimento e de sociedade. Pois, tais mecânicos estão profundamente interligados no processo de dominação e auto dominação. A própria produção capitalistas , nas duas últimas décadas, empenhou-se em equipar território subjetivos, fazendo uso dos indivíduos, dos meios de comunicação e das instituições, incluído aqui instituições como a família e a escola. Para o capitalismo neoliberal, a produção da subjetividade individualizada talvez seja a questão mais relevante do que qualquer outro tipo de produção, uma vez que ela não funciona só numa dimensão das ideias e pensamentos, mais , sobretudo, na dimensão dos afetos, dos sentimentos, do desejo, na própria forma da pessoa perceber o mundo e conceber as relações com o outro. Este processo exerce uma invisível violência simbólica, biológica, epistemológica e ontológica sobre o sujeito. O autor evidencia que o sujeito que sofre tal violência fica inibido para contribuir na construção de capital social, uma vez que assume e vive uma cultura na qual se produz uma subjetividade capitalística. Constata ainda a predominância de um padrão vertical de organização social, subordinação e dependência que reprime a geração, acumulação e a reprodução deste capital. Portanto, esse sujeito contemporâneo, fragmentado e maquínico pode representar um dilema ou um limite ao desenvolvimento de uma região diante da dinâmica global.

 
SERVIÇO:

A Sujeição Contemporânea na Escola
Dionisio Júlio Beskow
Scortecci Editora
Educação 
ISBN 85-366-0470-0
Formato 14 x 21 cm - 236 páginas
1ª Edição - 2006

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