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Família de Décio Bar, que inspirou Leo de 'Queridos Amigos', lança livro póstumo

Não é uma novidade o fato de os personagens da minissérie "Queridos amigos", da Globo, terem sido inspirados em pessoas que existem de verdade. Leo (Dan Stulbach), por exemplo, é fruto da estreita amizade que o jornalista Décio Bar mantinha com Maria Adelaide Amaral.

Foi por causa do seu suicídio, em 1991, que a autora teve a idéia de escrever "Aos meus amigos", livro no qual a minissérie é baseada. Para ajudar a conhecer o homem por trás da ficção, a mulher dele, Elaine Pedreira Rabinovich, e a filha, Joy Bar, resolveram lançar "Escritos" (Scortecci, 120 págs., R$ 20), compilação com as poesias encontradas após a morte do jornalista.

Segundo Joy, de 33 anos, a idéia era homenagear o pai. 

– Não mexemos em absolutamente nada. A própria capa do livro é o envelope em que ele guardava os poemas. Foi minha avó quem achou e entregou para a minha mãe depois da morte dele – conta ela, que tinha 17 anos quando o pai se foi.

Para a figurinista, nem de longe o Leo da minissérie da Globo lembra Décio.

– Não é meu pai lá. Não tem nenhum traço de semelhança. Mas pessoalmente gosto da minissérie e entendo mais como uma homenagem.

Elaine concorda com a filha, mas reconhece a inspiração da autora da trama:

– O Leo não tem nada a ver com ele. Mas o Décio foi muito importante na vida da Maria Adelaide; a morte dele mexeu com ela. Não é que o personagem seja um retrato, mas sim aspectos, partes dele.

A viúva do jornalista confessa que até hoje tem dúvidas se Décio realmente cometeu suicídio. 

– Para mim, foi uma surpresa, porque ele realmente andava muito mal, mas estava procurando médico, queria se tratar. Desconfiamos que ele podia estar com algum problema neurológico, por isso não há como garantir se ele se jogou ou se ele caiu do apartamento. É importante dizer que há cinco anos ele não punha uma gota de álcool na boca, estava sóbrio. Claro que a hipótese do suicídio não está afastada da personalidade dele, que era muito radical. Por outro lado, tinha uma ética muito forte, não acredito que faria isso comigo e com a filha. A não ser por algo totalmente fora do controle. Talvez ele tenha entendido que não havia solução para seu problema.

Fonte: Revista da TV. 03 de Março de 2008. Por Fernando Oliveira, do Diário de S. Paulo

Serviço:

Escritos
Decio Bar

Scortecci Editora
Poesia
ISBN 978-85-366-1088-7
Formato 14 x 21 - 120 páginas
1ª edição - 2008

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