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MAIS QUE PALAVRAS - Realidades, Sonhos e Ilusões / Baldo

O poeta como pessoa analítica descobre ainda na infância o significado da poesia e acredita que nada é por acaso. As ideias que compõem os poemas foram frutos dos "amores", das "dores" dos ciclos vividos. Independente de como criou seus poemas, ele sabe que eles contêm alma, e alma é tudo. Nos anos oitenta, devido a sua indignação com a situação política do país, passa a viver e a buscar seus ideais com intensidade, participando ativamente de movimentos políticos, dividido com a difícil missão do tempo em ajustar as suas diferentes buscas. Nesse período ele cria poemas de apelo social, como: "Exploração", "O índio", entre outros. É também a fase de sua maior indignação e perplexidade com os assassinatos de líderes sindicalistas do campo, e a morte de Francisco Alves Mendes Filho, o Chico Mendes. O poeta faz uma simples homenagem no final de seu livro, um bilhete escrito por Chico Mendes que deixa explícita, sua participação, sua luta e o sonho socialista. Sabe o poeta que nos momentos de grandes agitações sociais e sentimentais muitas vezes as letras se juntam, como numa dança, passando a mostrar algo que só o coração pode criar, igual é a alma do poeta. Aqui algumas dessas criações culminaram em poemas que falam de pássaros, das flores, dos amores, e como não poderia deixar de ser, da mulher, das estrelas, da Lua. O poeta crê, seja através de sonhos, apesar das dores, apesar do medo, apesar da morte, que devemos insistir em viver.

Valdomiro Faustino (Baldo), nasceu na cidade de São José do Rio Preto (SP), em 23 de agosto de 1960. Os pais do poeta, Cassiano Faustino da Silva e Sebastiana Machado de Moura. Ele, descendente de índios, de quem o poeta tem pouca recordação, porque faleceu sete meses após seu nascimento. Ela, negra, de origem humilde, se manteve sempre à frente da família. Caçula de dez irmãos, as descendências indígena e negra influenciaram o poeta que, aqui, reverencia o pai, em "Velho, meu querido velho"; e "Rainha", onde exalta de forma explícita a grandeza de sua mãe. O pseudônimo "Baldo", teve origem em 1981, quando se iniciou na música para formar uma banda, "Dilúvio" - a fúria do rock - formada por quatro integrantes: Renes Faria Pedro, André Faustino, Rogério Ortolan Agostinho e Baldo. Como dois dos integrantes já possuíam seus respectivos pseudônimos Rogério (Leco) e André (Pardal), o Renes se incumbiu de criar seu pseudônimo (Sener) e o do poeta (Baldokiro). O grupo não resistiu muito tempo às aulas de música com muita teoria e nada de prática. Durou alguns meses. Após abandonarem o sonho da banda, cada um seguiu seu caminho. O poeta manteve Baldo como  seu pseudônimo em homenagem a seus amigos, que um dia sonharam com a música e a formação da banda de Rock.

Serviço:

Mais que Pavras - Realidades, Sonhos e Ilusões
Baldo

Scortecci Editora
Poesia
ISBN 978-85-366-1029-0
Formato 14 x 21 cm - 100 páginas
1ª Edição 2008

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