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Mercado de trabalho em editoração é bastante amplo

Profissão de editor não é regulamentada no país.

Não há um piso salarial nacional para a categoria.

Estudante de produção editorial na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Larissa de Moraes Pernambuco Agostini de Matos, 22 anos, conta que começou a fazer estágio em uma editora grande. "Não era tão bom porque tinha contato com uma pequena parte da produção editorial. Preferi ir para uma empresa menor, onde pudesse participar mais do processo e, assim, aprender bem mais."

Hoje, ela faz estágio na Editora Objetiva, onde dá apoio ao editorial, fazendo pesquisas para o conteúdo dos livros e contato com autores e colaboradores (tradutores e designers), além de cuidar dos originais.

Talita Camargo, 23 anos, aluna do último semestre do curso da Anhembi Morumbi, começou a fazer estágio quase no fim da faculdade. "Eu estava concluindo a graduação em jornalismo", justifica.

Atualmente, Talita trabalha na Trip Editorial, onde faz uma revista institucional. "Preferi trabalhar com produção editorial por ter um ritmo menos intenso do que o jornalismo. É possível planejar melhor e dá tempo de mudar o conteúdo ou a diagramação, se for preciso", diz.


Sem regulamentação


A profissão de editor não é regulamentada no país e não existe um piso salarial definido para a categoria, segundo o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel).

Um estagiário pode ganhar em torno de R$ 450, por cinco horas de trabalho, a R$ 800, por tempo integral, mas esses valores variam de empresa para empresa. Um profissional recém-formado ou em início de carreira ganha, geralmente, de R$ 1.500 a R$ 2.500. Com alguns anos de experiência e ocupando um cargo de gerência, o mercado chega a pagar de R$ 6.000 a R$ 8.000.

"Hoje em dia, na área de editoração, é muito comum que a pessoa prefira ter a sua própria empresa e viver de trabalhos freelances, porque dessa forma pode até ganhar um pouco melhor do que se trabalhasse para uma editora", avalia João Gomes Filho, coordenador do curso tecnológico de editoração gráfica e digital das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU).

Quase 83% dos profissionais que trabalham em editoras de livros estão concentrados na região Sudeste, segundo dados do Sindicato dos Trabalhadores em Editoras de Livros (Seel). O estudo, que traz informações de 2006, foi elaborado neste ano a pedido da entidade pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese).


Fonte: Portal G1. 18/11/2008. Por Fernanda Calgaro.

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