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FOGO VERDE / Permínio Asfora

Mais de uma vez, em conversas descontraídas em família,  Permínio Asfora definiu como quase clandestina  a edição de 1951 do Fogo Verde (Editora Brasiliense, SP). Uma série de percalços concorreu para interditar, praticamente, o  acesso do romance ao público. Nem por isso deixaria de merecer a melhor acolhida de expoentes da crítica, à frente Álvaro Lins. Pode-se dizer que Fogo Verde, o terceiro de seus sete romances, promulgou, no meio literário, a convicção de que Permínio Asfora atingira a maioridade como escritor. Duas  expressões fundamentais de nossa cultura, Gilberto Freyre e Guimarães Rosa (ver anexo), manifestaram-se de maneira particularmente entusiástica a respeito do livro.

A nós, filhos do escritor, bastaria a lembrança de seu sereno desencanto,  para reeditarmos o livro.  Decerto, trata-se de uma reverência à sua memória. Mas representa, sobretudo, o sincero desejo de trazer à luz uma história com forte conteúdo humano, a fórmula que, na literatura, prevalece e garante permanência. E partilhá-la com um círculo mais amplo de leitores.

Ambientada no interior do Piauí, no alvorecer do século 20, guarda ela surpreendente atualidade. Mesmo a verrina lançada aos opressores da época, com a qual o autor pede passagem para o Fogo Verde, encaixa-se como uma luva no presente contexto histórico. Hoje, sem nenhuma dúvida, o presidente Bush seria seu destinatário... Permínio Asfora baseou o romance  em  fato real: as disputas pela posse de minas de cobre, recém descobertas na região, e em torno delas construiu a narrativa. Sérgio Milliet observou que o tema central foi o primeiro em nossa literatura.

Em resumo: desejamos que neste (re) encontro com a obra de Permínio Asfora, através do Fogo Verde, confirmem-se os sentimentos de Octavio de Faria, atento ao modo como o autor envolve suas criaturas – com tantos traços vivos e quentes, que logo às primeiras páginas o livro conquista a nossa adesão

Rio de Janeiro, abril de 2003
Murilo, Lúcio e Vólia

Sou velho leitor e admirador de Permínio Asfora, romancista cuja importância no cenário da novelística brasileira ainda não foi suficientemente estudada. Seus livros, romances que incorporaram toda uma região à nossa geografia literária, foram sempre marcados por sucesso de crítica e público, é bem verdade. Ainda assim falta aquele estudo de conjunto que situe em seu verdadeiro e importante lugar esse mestre da ficção cuja obra vem sendo construída no passar dos anos com exemplar consciência de seu ofício e constante compromisso com a realidade brasileira, a vida e o povo do Brasil. Jorge Amado

O romancista Asfora sabe que os limites de classe se arrebentam diante das precisões urgentes dos sentidos. O que se sente em suas páginas é que o amor se expande pela humanidade em geral. José Lins do Rego

Chegou a um admirável amadurecimento humano e artístico. Érico Veríssimo

Conseguiu o Sr. Permínio Asfora extrair elementos de vitalidade e resistência, compondo uma narrativa que atrai, que interessa o leitor até a última página. Álvaro Lins

Descreve (esses quadros) muitas vezes como se os pintasse, e pinta com o mesmo fogo de expressão como se realmente os vivesse. Olívio Montenegro
 
Obras do Autor:

SAPÉ
Romance. Editora Guaíra Ltda. Curitiba. 1940.
NOITE GRANDE
Romance. Editora Minerva. Rio. 1947.
FOGO VERDE
Romance. Editora Brasiliense. S. Paulo. 1951.
Romance. Scortecci Editora. S. Paulo. 2003.
VENTO NORDESTE
Romance. Livraria José Olympio Editora. Rio. 1957.
2ª Edição, Livraria Editora Civilização Brasileira. Rio. 1976.
CONFISSÕES DO SENADOR EVARISTO
Folhetim em Última Hora. 1960.
O AMIGO LOURENÇO
Romance. Livraria José Olympio Editora.Rio.1962.
BLOQUEIO
Romance. Livraria José Olympio Editora. Rio. 1972.
O EMINENTE SENADOR
Romance. Livraria Francisco Alves Editora. Rio. 1973. 

Serviço:

Fogo Verde
Permínio Asfora
Scortecci Editora
Romance brasileiro
ISBN 85-7372-898-1
Formato 20 x 14 cm - 264 páginas
1ª edição - 2003

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