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PASSA GENS - 4ª Edição/ Manoel Santana Câmara Alves

Certa vez pediram a um sátiro que definisse o que é um poeta. “Poeta é aquele que pensa em si, antes de falar. Pensa em si, quando está falando, e fica pensando em si, depois falar.” Ora, o sátiro só o é porque perdeu a crença. Sabemos que, quando morre uma crença, nós também morremos um pouco nela, porque ali morre uma ilusão nossa. Não é sem propósito que alinhavamos tais pensamentos depois de lermos os originais deste novo livro de Manoel Santana Câmara Alves. Se para alguns o infinito é uma miragem atormentadora, em que se perde a essência humana, a poesia, nesta obra, convida à busca do infinito, como nova fonte de vida, de esperanças, de afirmação positiva. Tem o cantar dolente da brisa que passa esgueirando-se no dorso da palmeira esguia. Mas não esquece o social, indicando normas procedimentais aos poetas. A pena correu leve e disciplinada, não anunciando o final de um trabalho, mas bradando que a poesia não morreu. O que tem morrido é a fé, a capacidade de contemplar o belo nos mistérios da poesia. O leitor sentirá emanações de sonhos e ternas recordações, na leitura desta obra.
João Meireles Câmara
Escritor e Advogado do Júri

Passa Gens, do bico da pena de Manoel Santana Câmara Alves, reúne, numa emocionante viagem, um sem-número de versos que vão, desde o inofensivo romantismo até o protesto de realístico, embora de modo sutil.

“Há um cheiro de bomba no ar”, mas há, também, um poeta solitário na “noite”, cavando fundo a saudade, enquanto “Rosa Meireles Câmara dorme diante de seus santos”. A construção de seus poemas breves (“Aparição”, “Nós”, “Favela”) traz embutida mensagem rápida que cala profundo mais no sentimento que na lembrança.

Aqui rebela-se contra as injustiças de seu tempo e nos passa “Velho Camarada” (“pobre morre é de trabalho, / de prisão e correria”), para logo mais adiante se homiziar nos limites de seu lado romântico, como em “Construtor” (“só construo versos / para que os homens / façam / do mundo / uma canção de amor”).

Por trás da toga, dos óculos e da sisuda feição do homem magistrado, flagra-se, desarmado da lógica das leis do seu cotidiano, o poeta livre, romântico, às vezes rebelde, embebido na magia dos seus versos e fantasias.

Ler Passa Gens é também ter passagem para um mundo restrito, porém repleto de simbologia, que nos remete para a reflexão do nosso tempo e do nosso dia a dia.
Carlos Gabriel dos Santos
Poeta e compositor

Muito oportuna a decisão do poeta Manoel Santana Câmara Alves de enfaixar num único volume seus belos poemas, que se encontravam esparsos, em coletâneas diversas. Ganha, com isso, o leitor, que numa sentada poderá deliciar-se com a “Declaração Universal dos Direitos dos Poetas”, particularmente no seu artigo 80 e incisos; ou, ainda, em “Oferenda” (De Corpo Presente), “Tecendo o Amanhã” (Impressões), “Infância” e “Hai-Kai” (Passa Gens), só para citar alguns.

Coube ao poeta, com muito esmero, semear seu canto; cabe a nós, com o mesmo empenho, colher os frutos de Passa Gens, que já é tempo e estão maduros!
J. Almeida Lima
Escritor e tradutor

Manoel Santana Câmara Alves tem um caminho poético firmado no que observa, perspicaz e afeito aos detalhes. Apoia-se no que acontece no dia a dia, principalmente no valor intrínseco do que compreende por liberdade. Vede sua vida pública e pessoal. Nós o conhecemos desde o Centro de Oratória Rui Barbosa, desde a palavra instigante, aguçada, penetrante e viva, que norteia sua oratória, forte e fundamentada. Acho que, hoje, sua poesia copia sua palavra.
Luiz Jorge Poeta,
membro da União Brasileira de Escritores (UBE) e da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (SOBRAMES)

Manoel Santana Câmara Alves esta de corpo presente nesta antologia poética. Cada verso seu é uma marca profunda de sua sensibilidade de poeta, que nunca adormece e está eternamente vigilante. Oxalá que seu poema não seja Passa Gens, porque a poesia não passa, e o seu canto são os ditames de um amor perene que, à revelia de todo concreto armado, canta as manhãs frias de Matinha, com os seus pés fincados nesta São Paulo, cidade-matriz, onde quase tudo acontece!
Manoel Lisboa

Serviço:

Passa Gens
Manoel Santana Câmara Alves
Scortecci Editora
Poesia
ISBN 978-85-366-1639-1

Formato 14 X 21 cm – 84 páginas
4ª edição - 2009

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