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AS LÁGRIMAS DO PALHAÇO / Samuel Macário

EMPRESA DO RISO

O profissional palhaço
deve comercializar o riso.
(pinga uma lágrima no piso).
 
O funcionário palhaço
como outros, faz hora extra,
utiliza da esquerda se inútil a destra.
 
O empresário do espaço
do circo vendido e triste,
Prostituído e com retocolite.
 
O engraçado palhaço
Hoje já não mais insiste
Persiste com todos os risos do fracasso.

Samuel Macário é um morador da Zona Leste de São   Paulo que, desde cedo, se interessou pela leitura, escrita e política. Buscando fazer com que mais jovens de sua região se interessassem pela arte e pela visão  política, fundou, junto com Eduardo Kawamura e Euber Ferrari, o grupo "Rebeliarte" no bairro de Guaianases. Já nos tempos de colégio, teve contatos com autores como: Rilke, Pessoa, Drummond, Bandeira, Leminski, entre outros, que o influenciaram diretamente na visão artística e em seu comportamento pessoal. Motivado pelo desejo de fazer a diferença em uma  zona de periferia, Macário se dedica à Literatura. Nas condições precárias de ensino que teve, buscou fora da escola mais obras que o estimularam a escrever seus primeiros poemas. Seus primeiros textos foram tentativas frustradas e que precisavam amadurecer. Houve um longo intervalo em que seu desejo pela Literatura adormeceu, porém, ampliando sua visão sobre o mundo e o enxergando mais criticamente, começou a escrever alguns dos poemas que, mais tarde, iriam compor As Lágrimas do Palhaço. O projeto de um livro finalizado se dá apenas quando Macário ingressa no curso de Letras da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Lá o contato com alguns professores o estimula a criar textos com maior trabalho poético, voltados para um sentido mais engajado e crítico da realidade. A figura do palhaço e os elementos  circenses  começam a entrar em cena e dar o tom colorido a seus textos que procuram brincar seriamente como "o circo do dia-a-dia", colocando o artista no espaço comum de um escritório, um órgão público, uma empresa. Neste meio em que a arte tem que "bater cartão", a poesia de  Samuel Macário surge, não para ser operária, mas para  revolucionar.

Serviço:

As Lágrimas do Palhaço
Samuel Macário
Scortecci Editora
Poesia
ISBN 978-85-366-1800-5

Formato 14 x 21 cm – 48 páginas
1ª edição - 2010

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