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Jornalista sorocabana lança livro na Bienal de SP

Jornal Cruzeiro do Sul - 30.07.2010 - Apaixonada pelas palavras, ela se define como humanista, “nada feminista”. E é justamente a respeito da humanidade do universo feminino que a jornalista sorocabana Susi Berbel escreveu em seu primeiro livro “Elas, Somos Todas Iguais”, que será lançado na Bienal do Livro de São Paulo, no próximo dia 14 de agosto, das 13h30 às 16h. Publicada pela Scortecci Editora, a obra reúne crônicas sobre o cotidiano de mulheres. Perseverante, ela há dez anos alimentava esse sonho. “A princípio, o projeto era: conte-me sua história que lhe escrevo um conto. Foi assim que tudo começou. Escrevia crônicas para transeuntes, em razão de comemorações ou homenagens. Essa ideia foi inspirada no filme Central do Brasil, no qual a personagem de Fernanda Montenegro escrevia cartas para as pessoas”, explica a autora.

“As crônicas não são autobiográficas, necessariamente. Tampouco são fictícias. São coisas que eu vi, que senti ou que vivi”, completa. Além do lançamento na Bienal do Livro de São Paulo, “Elas, Somos Todas Iguais” tem previsão para ser lançado em Sorocaba no mês de setembro. Susi Berbel é jornalista, mestre em Comunicação e Cultura e consultora em Comunicação e Cultura Organizacional, em Sorocaba há mais de 25 anos. Como pesquisadora, dedica-se ao estudo de temas relacionados à Comunicação de Massa e ao Comportamento Humano, principalmente sobre as mulheres, novelas, televisão, persona e psique. Nesta entrevista para o Ela, Susi fala mais sobre seu livro:

ELA - Você é jornalista, sempre gostou de escrever?
Susi Berbel - Amo escrever. É assim que me relaciono com as pessoas, trabalho, produzo, enfrento os meus medos, celebro minhas vitórias... enfim, é assim que eu sei viver. Sou jornalista sim, aliás, acho que fui um dia. Minha formação é comunicação social, mas ao longo da minha carreira de consultora na área de comunicação para organizações desenvolvi diversas atividades. Atuo na área de comunicação e cultura organizacional.

ELA - Desde quando vem sonhando com a idéia de escrever um livro?
S.B.
- Há muitos anos, cerca de 10. Passei algum tempo tentando achar um caminho. Escrevi contos, desenvolvi um projeto chamado Conte que eu lhe escrevo um conto, no qual as pessoas me contavam sua história e eu a desenhava num conto, até que cheguei ao modelo de crônicas sobre o universo feminino.

ELA - Por que um livro sobre mulheres? Essas mulheres do seu livro existem?
S.B.
- Não sei bem o motivo. Penso que seja para pensar, repensar, rever angústias tão comuns ao nosso dia a dia. Acho que foi uma forma de buscar auto-conhecimento. As mulheres existem sim. Talvez não exatamente como descritas nas crônicas. Mas cada uma delas, de alguma forma, passou pela minha vida.

ELA - Quantas delas são você?
S.B. - Somos todas iguais! Como diz o título do livro, todas elas têm um pouco de mim. Não pretendo padronizar, esteriotipar o gênero feminino, mas enaltecer aquilo que nos é essencial, que nos faz especial. Em essência, na minha teoria, guardamos uma grande relação de sentimentos e emoções.

ELA - Quem são as mulheres que influenciaram sua vida?
S.B. - Familia de italianos e espanhóis... imagine, as matriarcas até hoje permeiam as minhas atitudes. Minhas lindas avós, Margarida e Ana, já falecidas e minha mãe, Henriqueta. De verdade elas me mostraram meu primeiro modelo feminino. Depois, vieram mulheres maravilhosas que de certa forma influenciaram meus pensamentos: Olga Benário, Cecília Meireles, Simone Bevauoir... mas alguns homens também me encantaram. Sou fascinada por Carl Gustav Jung, Guy Debord, e tantos outros.

ELA - Como você vê a mulher ao longo da História? Você é feminista? Você acha que as mulheres conquistaram tudo com que sempre sonharam?
S.B.
- Tenho a mesma visão, imagino, que o senso comum. As mulheres passaram o ocupar um outro lugar social, obtiveram conquistas importantes, mas também perderam porções significativas do encanto feminino. Ainda estamos buscando o tempero certo. Não sou nada feminista. Se pudesse me classificar, diria que sou humanista. Nas crônicas procuro resgatar o humano em nós, hoje tão sufocado pelos esteriótipos, pelas falsas obrigações, pelas ilusões do consumo. Se as mulheres conquistaram o que sonharam?? Não sei... acho que a gente nunca pára de sonhar.

ELA - Tem planos para algum novo livro?
S.B.
- Sim. Quero continuar escrevendo minhas crônicas, dar vida a outras mulheres por meio delas. Mas agora quero curtir o nascimento deste livro, que foi feito com muito carinho.

Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul

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