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VALE DE LÁGRIMAS / Carlos Maia

Um vale de lágrimas, em oposição ao mundo ideal da vida eterna, é um mundo transitório de provação, onde as lágrimas que correm pela face atestam a dor ou o contentamento. As lágrimas de tristeza fazem a pessoa evoluir, visto que a incitam à superação, enquanto as lágrimas de alegria recompensam a perseverança do seu esforço renovador, quando sobe um degrau na escada da sua evolução.

Aquelas sinalizam a necessidade de mudança, e estas, a sabedoria decorrente do autoconhecimento. Conhecer a si mesmo é saber onde um caminho termina e, se neste ainda existe chão a ser percorrido, quando é preciso voltar atrás e recomeçar a andar. O único vício que impede o autoconhecimento é fazer exatamente o que todo o mundo faz. Sem originalidade, não há possibilidade de descoberta da própria individualidade, nem do vento da divindade que nela sopra, conferindo a cada pessoa características que a tornam única no Universo. Por isso, o autoconhecimento é pessoal, embora seja o resultado dos relacionamentos interpessoais.

Não importa se Deus pode ser visto, ou se não pode ser visto, o essencial para a fé é sentir a sua presença na Natureza, porque o sentimento é tudo. Neste sentido, a poesia, como arte da sensação, contribui, de forma criativa, para a paz de espírito necessária às relações da pessoa consigo própria e com a sociedade, na medida em que suaviza as horas de tristeza e enaltece as horas de alegria que se sucedem na correnteza do tempo, pela qual a Humanidade é conduzida. Este livro traduz as emoções recordadas de momentos intensamente vividos, alegres ou tristes, mas profundos. A riqueza e a miséria da condição humana são analisadas com os olhos da razão, mas são representadas sob a perspectiva do amor, porque sem este a poesia seca pela raiz.

Quem escreve uma poesia com amor celebra a vida, que é concebida pelo amor, embora haja tanto desamor na vida. O entendimento não é suficiente para reproduzir o que se sente em relação ao que é pensado, daí a necessidade da intuição como complemento da criação poética, que não se restringe a captar a imagem sensorial da realidade. A intuição procura ouvir o silêncio do mundo interior e expressá-lo ao mundo exterior, de modo que possa ser compreendido na sua incompreensão. Até mesmo o silêncio traz consigo uma carga sentimental, e esta é o insumo do qual se serve o poeta para expressar ao coração o que é inexprimível ao intelecto.

A poesia não se entende, se sente. O sentimento é a força que dá significado ao comportamento humano, fazendo da vida um instante mágico, num mundo dominado pela racionalidade. A arte de interpretar as impressões produzidas pela realidade abre as portas que dão acesso ao mistério da vida que repousa no domínio da alma, que por não ser concebido pela razão, descortina um vasto campo de oportunidades para quem se dedica à arte de tornar sensível o que não é inteligível, ultrapassando os limites dos sentidos corporais. Enfim, a poesia não é fruto do raciocínio concatenado, não é cartesiana, seus versos nascem do coração, que é o ventre da sensibilidade.

Nascido em São Fidélis/RJ, Carlos Henrique Pereira Maia foi aluno da Escola Preparatória de Cadetes do Ar e cursou Ciências Contábeis na Universidade Federal Fluminense. No campo literário, prefere o gênero poético, tendo alguns poemas publicados pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores, além de participar da Antologia Nossa História, Nossos Autores, comemorativa dos trinta anos de dedicação da Editora Scortecci à cultura brasileira. A ideia de que os fenômenos sociais e naturais merecem um lugar de destaque na concepção poética predomina na sua obra literária, com o suporte das suas bases morais e religiosas.

A vida é feita de momentos. Por cada momento de tristeza compensou ter pranteado, porque as lágrimas ensinaram o justo valor de cada momento de alegria. Não adianta viajar por luga-res formosos sem antes desembarcar do purgatório interior. Visto que a escuridão é a ausência da luz, cabe ao ser humano descortinar seu paraíso interior, permitindo que a presença de Deus ilumine sua vida, de modo que o fardo do mundo fique menos pesado. Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós!

Serviço:

Vale de Lágrimas
Carlos Maia
Editora Scortecci
Poesia
ISBN 978-85-366-2367-2
Formato 14 x 21 cm 
76 páginas
1ª edição - 2012

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