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TECENDO O AMANHÃ / Moacyr Pinto

Escrita entre 2006 e 2012, esta é uma obra de ficção muito próxima da realidade. Traz a saga de uma comunidade católica da periferia do ABC paulista, nas últimas décadas do Século XX, que evolui e se reinventa coletivamente, em sintonia com as transformações políticas, sociais e culturais da região e do país.

A pedagogia da participação é o seu fio condutor, ético, moral e político; quatro mulheres com as mesmas origens sociais, porém distintas em seus anseios e trajetórias pessoais, suas figuras centrais. O movimento sindical, a Teologia da Libertação, a política e as estrelas partidárias contribuem para povoar, dar mais força e aproximar ainda mais a trama da realidade.

– Que bom que você gostou! Queria ter podido trazer uma coisa melhor, nós estamos passando um aperto danado... o Fernando é meio ciumento e ainda acha que nem vale a pena mulher trabalhar fora!

– Quando vocês enfiaram o violão do João no saco e se mandaram por aí, eles, o meu pai, principalmente, ficou pê da vida com o João Paulo; não é assim que os pais de famílias estão acostumados a entregar suas filhas nas mãos dos genros hoje em dia! 

– Tudo bem, haja saco, só que você não deve esquecer que o mandato não é do Haroldo, é do partido!

– Nós não nos metemos! Sabemos que há maus patrões no mercado, mas também sabemos, e não concordamos, com os abusos da parte do sindicato. A Maria Clara mesmo já passou por constrangimentos durante um piquete na porta da fábrica!

Quando Cazuza toma o microfone, com alegria e espontaneidade, e se põe a pular e a gritar, numa performance mais parecida com a de um líder de banda de rock do que de um militante político de esquerda, o frisson é geral e as propostas e palavras de ordem do movimento vão sendo transmitidas e assimiladas com uma naturalidade que chega a impressionar as velhas lideranças.

– E a nossa coerência? Onde está a nossa santa coerência, companheiro? Não fomos nós que saímos por aí, levantando a bandeira do ensino público de qualidade e para todos?

– E como vamos governar, meu bem! Vamos mudar a cara desse nosso Brasil! E, sabe da maior? Recebi um convite para ir trabalhar no Governo Federal! Quero você junto comigo em Brasília! Você topa?

– Ai, minha filha, para quem será que você puxou? Eu perguntei das suas dificuldades e você está mais preocupada com a fome e com as dificuldades alheias. Deus que abençoe vocês!

Marquinhos diz acreditar, inspirado no aprendizado adquirido desde criança com o padre João, que o povo de Deus já fez tantas travessias difíceis e superou tantos momentos de injustiças e provações, que certamente haverá de superar a atual fase vivida pela sua  igreja; que vem se transformando num grande e manipulado rebanho, estimulado permanentemente a manter uma relação de mercado com a fé.

Aos 63 anos, este é o quarto livro, primeiro romance que o paulista Moacyr Pinto publica desde 2005, quando se aposentou. Educador e sociólogo, trabalhou como operário, em RH e como professor no Ensino Fundamental, Médio e Superior, além de educador sindical e popular. Foi Secretário de Educação em São José dos Campos, nos anos 90. Viajou e residiu em várias cidades do Brasil. Nosso país e os brasileiros na atualidade têm sido os objetos das suas obras e reflexões.

Serviço:

Tecendo o Amanhã
Moacyr Pinto
Scortecci Editora
Ficção
ISBN 978-85-366-2664-2
Formato 16 x 23 cm 
236 páginas
1ª edição - 2012

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