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PULSANTE / Claudia Abreu Marins

Ao lembrar do Robson, lembrei de outras pessoas, e cheguei à conclusão de que gosto de pessoas que pulsam. É, de repente, assim, a partir do Robson, descobri o tipo de gente de que eu gosto de verdade, eu gosto de gente que pulsa. Aquele tipo de gente que parece que a vida não cabe no corpo, de tão grande e intensa, gente que mesmo quieta mantém o olhar inquieto.

Porque gente que pulsa tem de ter inquietude, não se contenta nunca, está sempre buscando alguma coisa, que muitas vezes nem sabe o que é, nem pra que serve. Não importa, gente que pulsa busca e pronto. Se não buscar, não pulsa, e, se não pulsa, não tem graça.
Trecho da crônica “Pulsante”

Claudia é minha amiga Rio de Janeiro, uma cidade que cresceu sem ser planejada, com seus arranha-céus e favelas, vizinhos de uma vista única. Lugar onde a classe média ainda chama radiografia de chapa, anda com a janela aberta e combina uma feijoada no fim de semana. Clau amplia as composições de amizade, de vida, e consegue transitar em todas as vielas de sua imensa cidade espontaneamente. Carioca, aos fins de semana transforma sua casa numa praia de Copacabana, com direito a música, declarações e ao encontro de tribos diferentes. Provocadora e provocante, ela sabe que na praia as pessoas se vestem de si mesmas. Como o Rio, ela cresceu ao longo da história ressaltando a beleza de sua geografia, incerta, às vezes insegura, e até indomável. Capital de muitas línguas e sotaques. Mesmo assim, é uma metrópole que se curva aos desafios, e sabe que eles podem mudar o curso de antigas verdades. Aliás, o que é mesmo verdade?!? Impossível resistir às suas indagações: por que não experimentar outra rua, bairro, música, comida ou mesmo mudar a roupa, quantas vezes forem necessárias, até que ela transmita sua identidade? Como boa motorista carioca, às vezes ultrapassa o sinal vermelho, mas antes mesmo da multa, reconhece que passou do limite. E aí não tem a menor cerimônia em se desculpar. Como escritora, é uma mulher que busca soluções sustentáveis para conseguir organizar e mostrar a heterogeneidade de uma grande metrópole. Em suas crônicas, apresenta saídas que considera a beleza e a dureza do grande caos urbano. É difícil passar incólume por suas lágrimas que caem facilmente e por seus cachos que não se rendem a nenhuma tendência. De fato é uma escritora, ela provoca inquietude!
Andrea Carneiro - amiga e ilustradora

Claudia Abreu Marins nasceu no Rio de Janeiro, mas mora em Brasília desde os dois anos. É formada em Letras e Jornalismo pela UnB, pós-graduada em Análise do Discurso pelo UNICEUB e Direito Legislativo pela UFMS. Com incursões pela Filosofia e interesses na Psicologia, faz dos exercícios literários uma forma de catarse. Casada, mãe de três filhos, servidora pública, sempre estudante, procura conciliar todas essas atribuições com a arte da escrita, para ver se escapa ou se rende de uma vez por todas aos absurdos e às neuroses inerentes à condição humana.

Serviço:

Pulsante
Claudia Abreu Marins

Scortecci Editora
Crônicas
ISBN 978-85-366-3423-4
Formato 14 x 21 cm
116 páginas
1ª edição - 2013

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