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DAS COISAS, OUTRAS / André Arruda

Dedicado aos sem juízo, o advento desta nova obra de André Arruda (das coisas, outras) traz a bem-aventurança de suas recentes obras. Antes disso, é uma bula, um ensaio de neologia de sua poesia adotiva ou de sangue, um perfil de um poeta que trata de seu tempo, sem se furtar também às confabulações teológicas, tratando sobre a Criação (ou ainda sobre a criação) mas sempre ao encontro da solução eterna e sem a culpa Suprema, perguntar: e se Deus fosse bom?

Sua tirada, muitas vezes mais veloz que o pensamento, traz sem disfarce as notícias de um Brasil proibido, fazendo o diagnóstico denúncia do que acontece por aqui, revelando o golpista, e fazendo o chamamento à Revolução a todos que pegam o trem nosso de cada dia. Estas indagações sobre minha indigNação compõem a ode a um certo povoado tido como cidade-dormitório, que também é espelho, é reminiscência que trança, com toda a política das palavras, a transmutação, a revolução dessas águas silentes que formam esta urna quase funerária que fica tão à margem do que o Sol neoliberal teima em iluminar. Mas não é resposta, é mutante, é autorretrato errante, é reXistência; é o desencontro entre a vida e o meu mundo.

Na quadrilha pós-moderna ou, atualizando Drummond; faz mais que o testamento do homem virtual de nossa era. É antes o cantador da rua dos cata-ventos, o colecionador de todos os poemetos, lá atrás, anos-luz ao surgimento dos poetas. Vigilante, faz de dois e dois, cinco, buscando um fim, nada mais; entre ser e res, oferece a outra face, mais esta noite à garota de Franco (esta resposta tardia a Vinícius e Tom) que louca por dentro, daqui a pouco, em 23 de janeiro (com o poema em desalinho) vai cantar seus amores ad infinitum. A poesia, a revolta, o amor e a política. Eis a poesia de André Arruda, condensada neste livro, quase uma ode à loucura! E fica a pergunta: é ela a poesia ou a vida?

André Arruda é poeta, ator e “palmeirense, por pirraça”. Nasceu e cresceu em Franco da Rocha. Passou a infância nos entornos do Complexo Hospitalar do Juquery, onde seu pai trabalhou por 30 anos. Aos 18 anos foi morar e trabalhar no Nordeste. Nessa época que se acentuou o seu contato com a MPB e com a poesia. Começou a escrever e paralelamente a fazer teatro. Durante anos deixou suas poesias guardadas na gaveta. Um dia, completamente apaixonado pelo teatro, decidiu voltar para Franco da Rocha, para estudar e se profissionalizar. As poesias continuavam na gaveta, até que João Justino, seu primeiro professor de teatro em terras do Sudeste, o incentivou a retirá-las da gaveta e mostrá-las aos colegas de turma. Nesse dia André Arruda descobriu que fazer poesia era o seu melhor jeito de se expressar. Daí para frente não parou. Começou a participar de saraus, se inscrever em concursos e a juntar dinheiro para publicar suas poesias. Em 1990 tem suas primeiras poesias publicadas no livro A Poesia pede a palavra (II) – Antologia a partir do Concurso Nacional de Poesias realizado pelo Grupo Nossa Gente, com colaboração do Depto. de Educação e Cultura de Taubaté/SP, e no Castro Alvez Vivo – Antologia, com organização e editoração do CEPA, Salvador/BA. Em 1994 participa do Projeto Mezotim, organizado pela Estação Virtual Editora Ltda., Franco da Rocha/SP. Em 1995 participa de mais uma antologia, Mil Poetas Brasileiros, organizada pelo Instituto da Poesia Internacional, Porto Alegre/RS, e publica, com recursos próprios, o seu primeiro livro autoral, Franco Poemas. Em 2000 é convidado a coordenar a Diretoria Municipal de Cultura de Franco da Rocha e cria diversos projetos de difusão cultural e formação de público, entre eles o Concurso Nacional de Poesias “Donald Savazzoni”. Em 2001 publica Estranheza, seu segundo livro autoral, com poemas e uma peça de teatro. Em 2002 organiza a fase regional do Mapa Cultural Paulista, modalidade Conto, na cidade de Franco da Rocha. Graduado em Filosofia pela UNIFAI (Centro Universitário Assunção) no ano de 2009, atualmente coordena o Núcleo de Experimentações Teatrais, da prefeitura de Franco da Rocha, que oferece oficinas de teatro gratuitas para a população. É integrante dos grupos Teatro em Carne & Osso e Teatro Girandolá. Além disso idealizou, criou e organiza o Concurso de Poesias Prof. Aparecido Roberto Tonellotti, realizado anualmente na cidade de Francisco Morato. Hoje, além de em “Conto de Todas as Cores”, pode ser visto em cena também em “Ara Payu – Liturgia para o povo invisível”, ambos espetáculos do Teatro Girandolá, além de em diversas atividades culturais na região de “um certo povoado tido como cidade-dormitório”.

Serviço:

Das Coisas, Outras
André Arruda
Scortecci Editora
Poesia
ISBN 978-85-366-3522-4
Formato 14 x 21 cm
104 páginas
1ª edição - 2013

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