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MINHAS MEMÓRIAS PÓSTUMAS / Lobo Carneiro (Org.)

Este livro só pôde ser editado e impresso graças a uma talvez feliz coincidência. O achado de certos manuscritos no Departamento de Arquivos Confidenciais da Biblioteca Nacional quando da última reforma realizada naquele departamento dessa importantíssima instituição cultural. Reforma da qual tive a honra de participar na qualidade de Editor Chefe.

Após amplos e acalorados debates no âmbito do Conselho Consultivo, foi decidido que os manuscritos deveriam ser tornados públicos, dada a relevância de seu conteúdo o qual, ao que tudo indica, foi baseado em acontecimentos verídicos, apesar de sua autoria apócrifa e de seu insólito título: “Minhas Memórias Póstumas”.

Se assim for, então, quem o considerar uma obra fictícia cometerá grave engano, pois qualquer coincidência com fatos e pessoas não seria mera coincidência. Como responsável pela organização da edição e impressão da obra, reconheço, a bem da verdade, que, às vezes, por questão de pudicícia, a pílula foi dourada.

Para tanto, salpicos de metáforas e pitadas de metonímias foram usados. Mas nada que pudesse comprometer a integridade do texto original. Contudo, a hombridade impõe tal testemunho. Sua justificativa, todos talvez a compreenderão.

A crueza da realidade costuma ferir os espíritos mais sensíveis. Além, é claro, de eventuais questões processuais que poderiam advir caso as identidades das personagens envolvidas na trama fossem escancaradamente reveladas. Uma coisa, porém é certa, a fruta pode ter a casca inventada, mas a polpa e o caroço são verdadeiros.

Lobo Carneiro Ao escrever estas memórias que denominei de – Minhas Memórias Póstumas – visto serem lembranças que guardo da minha vida depois de morto, procurei quase sempre passar do jocoso ao sério e, vice-versa, do sério ao jocoso alternadamente usando, na medida do possível, de moderação.

Se, porém, em certo momento foi inadvertidamente dito algo jocoso em demasia, que ofendesse as mentes circunspectas, ou muito sério, que enfadasse os espíritos mais brandos, rogo um julgamento, senão indulgente, pelo menos justo.

Quando, por uma questão de estilo ou outra qualquer, algum eventual excesso precisou ser deliberadamente cometido, optei pendê-lo para o lado do jocoso. Orientou-me nessa conduta o preceito (não aceito por muitos, diga-se a bem da verdade) que afirma melhor talvez seja tratar do risível do que do lacrimável.

Afinal o riso, segundo certa corrente de filósofos epicuristas, é próprio do homem, ainda que o choro também o seja, de acordo com os endocrinologistas. E hoje, com o avanço da Veterinária, se aprende que outros animais, ao que tudo indica, também choram. E não se deve esquecer que as hienas, embora não se saiba ainda muito bem por que, apesar de todo o desenvolvimento científico, aparentemente também riem.

Serviço:

Minhas Memórias Póstumas
Lobo Carneiro (Org.)
Scortecci Editora
Ficção
ISBN 978-85-366-3615-3
Formato 14 x 21 cm 
180 páginas
1ª edição - 2014

Mais informações:

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