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DO PASTORIL À ÓPERA / Giuseppe Mastroianni

A história do primeiro piano que chegou a Caruaru data do ano de 1857, conforme relata o historiador e pesquisador Nelson Barbalho de Siqueira Cavalcanti no seu livro CARUARU-CARUARU, edição de 1972, página 191. O piano foi adquirido no Recife em 1857 por dona Sinhá Pinto Vieira de Melo, esposa do coronel João Vieira de Melo, pai do ministro Alfredo Vieira de Melo, e posteriormente vendido a dona Emília de Carvalho Pegot, viúva do farmacêutico francês Jean Barthlemmy Pegot e mãe adotiva do farmacêutico Sinval de Carvalho Santos, que veio a ser pai de Mabel Vieira Santos, ex-Miss Caruaru e excelente pianista. Era um belo piano de marca alemã e cor escura, com dois candelabros – um de cada lado. Até hoje ninguém sabe o destino dessa relíquia, tendo ela passado pelas mãos de Nô Cassimiro, sobrinho do coronel João Vieira de Melo e Silva, chefe político de Caruaru nos idos de 1850. Estes dados constam do livro de Nelson Barbalho, falecido em 1993, aos 72 anos de idade.

O Pastoril
Por Gilka Mastroianni de Oliveira
(in memoriam)

Boa noite, meus senhores todos!
Boa noite, senhoras também!
Somos pastoras, somos pequeninas,
Que alegremente vamos a Belém. 
Somos pastoras, somos pequeninas,
Que alegremente vamos a Belém.

Assim é a primeira estrofe da singela canção, entoada em coro durante o ingresso, no palco ou no palanque, de uma fileira de meninas vestidas de vermelho (“encarnado”, como se fala no Nordeste), outra fileira de meninas vestidas de azul, e uma menina – geralmente uma adolescente mais experiente, que se destaca no grupo de “pastoras”, isolada, à frente e no meio do palco, separando as duas fileiras. É a “Diana”, vestida com uma saia metade azul, metade vermelha. Conforme ela explica em outro trecho, cantado em solo, “sou a Diana, não tenho partido; o meu partido são os dois cordões”. A líder do cordão “encarnado” é a mestra; a do azul, a contramestra. E aí se desenrola, entre os dois cordões, um desfiar de canções alusivas ao nascimento de Jesus, cujo objetivo principal é arrecadar fundos em quermesses de igrejas, valendo-se do entusiasmo provocado nas duas torcidas. A Belém do verso não é a capital do Estado do Pará; é a localidade da Judeia, onde Jesus nasceu, a que se referem os cantos do Pastoril.

A Ópera

“Ópera é um gênero artístico teatral que consiste em um drama encenado, acompanhado de música, ou seja, composição dramática em que se combinam música instrumental e canto, com presença ou não de diálogo falado. Os cantores são acompanhados por um grupo musical, que em algumas óperas pode ser uma orquestra sinfônica completa. O drama é apresentado utilizando os elementos típicos do teatro, tais como cenografia, vestuários e atuação. No entanto, a letra da ópera (conhecida como libreto) é normalmente cantada em lugar de ser falada. A ópera é também o casamento perfeito entre a música e o teatro. Uma ópera segue, basicamente, um roteiro padrão. Primeira parte, a Abertura, onde é tocada uma música pela orquestra, seguida por Recitativo, onde os atores ficam dialogando. Os personagens secundários participam do coro, enquanto os principais interpretam as árias (composições para voz solista).”
(Texto extraído da “Wikipédia”)

Serviço:

Do Pastoril à Ópera
Giuseppe Mastroianni

Scortecci Editora
Memórias
ISBN 978-85-366-4966-5
Formato 14 x 21 cm
248 páginas
1ª edição - 2016

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