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CENAS, ENTREVISTAS E CRÔNICAS / César Pavezzi

Essa miscelânea literária tem como objetivo maior surpreender, de alguma forma, os leitores, por sua diversidade de gêneros e ideias inusitadas. A defesa da leitura e a motivação para diferentes gêneros textuais vêm de uma experiência prolongada com o convívio ficcional na trajetória tanto profissional como pessoal desse escritor. A crítica bem-humorada, porém às avessas, do vício da leitura proporciona aos aficionados um leve sorriso de cumplicidade. E aos não aficionados um lembrete importante sobre esse ato de prazer e conhecimento tão necessário às questões sociais e culturais. As entrevistas, que pretendem provocar o debate e a reflexão sobre valores humanos inerentes à nossa personalidade, ganham um tom leve e descontraído, como se fossem um bate-papo ocasional e cotidiano entre entrevistador e entrevistadas. Já quando nos deparamos com aquele lugar longínquo, no meio do nada, de tão distante de nossas realidades, percebemos, na medida em que nos espantamos com as revelações encontradas ali, que o lado humano daqueles momentos insólitos também faz parte de nosso imaginário inconsciente. Bem-vindo ao mundo das possibilidades ficcionais!

César Pavezzi - Nasci numa típica cidadezinha do interior do estado de São Paulo chamada Cardoso (e confesso que nunca soube a qual Cardoso homenagearam nomeando minha terra natal), no ano anterior ao golpe militar da ditadura. Apesar das turbulências e opressões daquela época, eu e meus irmãos tivemos uma infância maravilhosa, cheia de divertimentos e sonhos, como qualquer garoto de família humilde, porém honesta. Somos filhos de Aurora e de um mulato inteligente e trabalhador. Minha mãe era filha de maestro, italiana clara e zelosa dos filhos. Nossos pais nos legaram verdades, contentamentos, amparo e estímulos para crescermos curiosos e companheiros, arteiros e espertos, unidos e sempre esperançosos de uma vida emocionante e idealista. Uma herança que me acompanhou até minha adolescência e que ainda se reflete agora, quando já completei meio século de vida. Sempre gostei muito das palavras e o desafio que elas podiam representar para mim, como estudante e como curioso da mágica de inventar sentidos, ávido pelos arranjos e jogos possíveis proporcionados pela leitura literária, minha grande paixão. Comecei a escrever na adolescência e cedo percebi que não conseguiria me expressar como poeta. Contar histórias, pequenas ou grandes, cabia melhor nas minhas pretensões de amador e amante da ficção. Lia clássicos da literatura mundial e brasileira, aventuras, viagens, invenções, descobertas, batalhas e dramas de personagens, não só do meu tamanho, mas também de grande estatura. Esse caldeirão de estilos e expressões diversificados me ajudou a estabelecer um caminho na minha jornada de pretenso autor. Gosto de contar histórias curtas, em que o narrador tem o controle, com poucos diálogos e muito espaço para o leitor dar de cara com nossa realidade. Essa realidade que ora nos cobra reflexões existenciais nem sempre coerentes com o que está posto, ora nos alegra com a simplicidade de gestos e atitudes, saborosos como uma xícara de café na varanda, ao ocaso.

Serviço:

Cenas, Entrevista e Crônicas
César Pavezzi

Scortecci Editora
Crônicas
ISBN 978-65-5529-407-1
Formato 16 x 23 cm 
72 páginas
1ª edição - 2021

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