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VACAS NO CÉU DO INTERIOR / Ari Marinho Bueno

Em tempos em que não há lugar na vida comezinha nem para os atarantados devaneios de “poetas” que se deixam levar pelos caminhos gastos da “poesia” dita beletrista (estamos ainda amarrados ao século XX!), Ari M. Bueno vem nos apresentar através de seu Vacas no Céu do Interior uma tentativa de restituir aos crédulos as vísceras ainda pulsantes do poema.

Já se disse que escrever/gostar de poesia na adolescência é natural, mas apenas os que acreditam nela se atrevem a declarar isso a plenos pulmões, em uma idade há muito não  pubescente.

É o que faz o ‘‘senhor’’ Bueno, publicando aos 35 anos o seu primeiro volume de poemas. O que dizer de textos que, segundo o próprio autor, foram escritos e reescritos através dos anos (1987-2008), sempre buscando exprimir, em primeira instância, o pathos poético, mais do que forma e tanto quanto conteúdo, que é o que de fato se depreende da leitura dos mesmos?

Bueno, embora empregando por vezes a eloquência que beira o ‘‘Eu lírico’’ clássico (empoeirado objeto da ojeriza dos autores contemporâneos), sobrepõe a  este lapso a linguagem contundente de uma visão sem vícios da práxis, uma tentativa do poema-objeto  de ser universal como seu ‘‘leitmotiv’’ (amor, ódio, beleza, solidão), denunciando, quando é bom este poema, a intercomunicabilidade não expressa na linguagem superficializada.

Vacas no Céu do Interior, em verdade, é um trabalho para poetas; serão eles a saudarem as suas qualidades (e o livro as possui, certamente) ou a rechaçarem suas imperfeições, integrando o binômio obra-autor ao rol do difícil, do incompreensível. Pensamos tratar-se de grande poesia, e que também o tempo – quem sabe tantos anos quantos custaram? – fará jus à sua contundência, à sua pertinácia.

Atenção senhores: não há impunidade na poesia, nem para o poeta, nem para o leitor.

Arquibaldo Luiz de Oliveira Filho, bacharel em Letras.

Ari Marinho Bueno nasceu em 1974, num domingo, maio, 03:20 da manhã. Paulista do interior, Ourinhos. Aos sete anos, após perder o pai, a mãe lhes compra (para ele e o irmão mais novo) o ‘‘Reino Encantado da Criança’’ em quatro volumes coloridos: azul, verde, vermelho, amarelo (não necessariamente nesta ordem). A rosa do povo. O guardador de rebanhos e outros poemas. Primeiro poema aos treze. Já publicaram alguns de seus poemas (?!) em informativos, em uma ou outra antologia, internet. Segurança do Trabalho, técnico. Vivendo em São Paulo desde 2005, ainda tenta escrever um poema em linha reta.

Serviço:

Vacas no Céu do Interior
Ari Marinho Bueno

Scortecci Editora
Poesia
ISBN 978-85-366-1724-4
Formato 14 X 21 cm 
60 páginas
1ª edição - 2010

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