CHICO CAMILO - Amador Felizardo
Neste novo livro, Amador Felizardo, por meio de seus poemas, conta histórias, e contar histórias é a grande particularidade da linguagem humana. Através das histórias, lendas e fábulas, recriamos o mundo e para que elas permaneçam vivas é preciso contá-las e recontá-las. Viajamos com ele pela floresta, com seus sons, sua música, seus bichos e pelos causos contados por Pedro; tudo isso se traduz num universo de poesia, ficção e magia.
É no sítio Chico Camilo à beira da mata, onde a farinha de mandioca é o principal produto, que surgem as personagens Maria, Raimundinho, Didor, Pedro e tantos outros, que vão nos mostrando um cotidiano simples e rodeado de lendas e contos. Caminhamos com Maria sob o sol implacável, quebrando coco e colhendo o babaçu, levando o almoço para Raimundinho no meio da roça de mandioca, sentimos o medo de Didor na noite da floresta e participamos do recital ao pé do fogo, ouvindo poesias de “vocabulário acanhado”, como diz o autor, mas de grande riqueza, como o cordel.
Junto com o autor, passeamos pelo “pequeno jardim”, vemos a cura pelas plantas e pela fé, e o início das aventuras para Didor, num mundo onde a oralidade tinha presença constante. Por fim, mergulhamos num turbilhão de sentimentos e “do outro lado da fresta” vemos Didor iniciar sua aventura no “mundo grande” da cidade. É como se o autor dialogasse conosco, contando os causos dessa gente e seu caminho pela vida, nesse diálogo nos transportamos para uma realidade sem televisão, sem rádio, sem internet. O poeta Amador Felizardo, por meio de sua poesia e de seus personagens, nos convida à uma reflexão sobre a mágica da vida, e com muita lucidez, cada leitor à uma experiência imaginativa única na descoberta de sua própria humanidade.
Roberto Martin
UM HOMEM COMUM
Para Amador Felizardo
Sabia,
era um homem comum.
Conhecia desigualdades, dificuldades e necessidades.
Vivia
do trabalho e do salário (do mísero salário).
Estava sujeito às injustiças, aos preconceitos
e era obrigado a obedecer as leis.
Tinha direito
ao desemprego, às filas de espera;
a morar em favela;
a ser explorado, excluído...
Tinha direito a não ter direito algum.
Tinha certeza:
era um homem comum.
JJ Macedo
Serviço:
Chico Camilo
Amador Felizardo
Scortecci Editora
Poesia
ISBN 978-85-366-2634-5
Formato 14 x 21 cm
60 páginas
1ª edição - 2012
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