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LAVOURA DE INSÔNIAS / Gênesis Naum de Farias

“(...) Flanar! Aí está um verbo universal sem entrada nos dicionários, que não pertence a nenhuma língua! Que significa flanar? Flanar é ser vagabundo e refletir, é ser basbaque e comentar, ter o vírus da observação ligado ao da vadiagem. Flanar é ir por aí, de manhã, de dia, à noite, meter-se nas rodas da populaça (...). Eu fui um pouco esse tipo complexo e, talvez por isso, cada rua é para mim um ser vivo e imóvel. Oh, sim, as ruas têm alma!”
João do Rio (1881-1921) - A Alma Encantadora das Ruas, 2005. p. 50-55

O Poeta no Campo de Centeio - Este poeta-menino – anunciador de infortúnios – sempre teve uma relação com o mundo de forma emocional, buscando para si a força da intelectualidade para concretizar suas emoções num plano que nunca fora físico. Aí está a força da sua poesia; imaginada e vivida sob o pulso de uma vivência de sofrimentos íntimos, intercalados permanentemente pela grandeza fugaz de uma existência de desencontros e de ausências. Em diversos poemas, Ele parece querer anunciar um mundo composto por vários mundos, não se sabe se encontrável na vida real.

Uma coisa é percebida quando escreve, sua percepção alça voos numa fantasia de frustração, que o leva a manifestar seu eu numa atmosfera de melancolias e imagens noturnas, expressas de forma explicável pelo gosto mórbido de suas ideias ao fazer uso do pensamento como forma de entrega, sobretudo, quando o plano da dor e do sofrimento é norteado por uma rebeldia iconoclástica. Enfim, tudo nele parece envolver uma extrema inadaptação à existência. O poeta Gênesis Naum de Farias é compulsivo por devorar livros e conhecer novas experiências literárias; vive entregue a esmo e gosta de sentenciar que é habitado por muitos mundos. Recentemente publicou seu primeiro romance, intitulado A Aldeia do Tempo, e agora retorna ao campo da poesia assinalando com seus dotes de pesquisador, seu novo libelo.

Ao se debruçar por longo tempo a uma nova obra, num abandono coerente, e talvez se isolando durante dias ou até meses para criar seus livros, o poeta agora coordenando o Núcleo de Estudos Foucaultiano e em parceria com a Scortecci Editora, está lançando a inédita obra Lavoura de Insônias. O livro, recheado de imagens que ele mesmo pinta em óleo sobre tela, é permeado pelas memórias de outras épocas, invertendo assim os papeis entre autor e personagem. Neste contexto, decide escrever seus ensaios poéticos e narrar sua relação com o tempo. Os diálogos entre criador e criatura dão sabor ao volume. Gênesis Naum chega a criar uma sintonia entre o tempo vivido e o sensacional estado de experiências investigadas. Em emoções fortes, o Bruxulesco Naum reconhece tardiamente sua relação com a palavra pensada; adepto de enredos psicológicos e figuras ambíguas, não retrata somente seu mundo de poeta, mas a densidade nostálgica e dramática entre seus anjos e demônios...
Josafá de Carvalho - (Velho Josa)

Graduado em Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia, tendo se especializado em Gestão Escolar pela Faculdades Montenegro, atualmente, é professor associado colaborador da Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF, e professor auxiliar na Universidade Estadual do Piauí – UESPI, onde coordena o Núcleo de Estudos Foucaultiano e o Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia, atuando principalmente nos seguintes temas: Educação e Sociedade, Memória, Cultura e Diversidade, Educação e Cidadania, Educação de Jovens e Adultos, Educação Contextualizada, Currículo Contextualizado e Gestão Educacional. Trabalha também na área cultural, com experiência na produção do conhecimento acadêmico, bem como na produção de saberes culturais, através do fazer poético e da contínua produção jornalística, tendo o trânsito em sala de aula como meio principal de fomentação e consolidação da palavra escrita.

Serviço:

Lavoura de Insônias
Gênesis Naum de Farias

Scortecci Editora
Poesia
ISBN 978-85-366-4263-5
Formato 14 x 21 cm 
176 páginas
1ª edição - 2015

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