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EURO TOURINHO / Silvio Persivo

O homem é a história de uma cidade, de um Estado. Este poderia ser o enredo de um livro sobre a vida do jornalista Euro Tourinho, de 94 anos de idade. Nascido em Corumbá (MS), veio para Porto Velho, menino, em companhia de seu pai Homero de Castro Tourinho, funcionário público (agente fiscal) do Estado de Mato Grosso, e de sua mãe Eulália Malheiros Tourinho, professora primária. Euro foi dono de seringal, herança do pai, depois veio para a cidade onde instalou um grande salão de snooker na rua Barão do Rio Branco, ao lado do jornal Alto Madeira, centro de Porto Velho. Numa das surpresas da vida, Euro tornou-se jornalista e, depois, diretor do jornal, onde trabalha há 66 anos.

Euro viveu e vive a história de Porto Velho por meio dele. Com 99 anos completos em 2016, o jornal Alto Madeira tem em suas páginas quase 100 anos de município. É a memória de Rondônia. Com o irmão, Luiz Tourinho, empresário, também construíram o primeiro edifício de porte da cidade, com os dois primeiros elevadores da urbe, o conhecido Edifício Rio Madeira. O jornalista é uma verdadeira testemunha da história, de muitas histórias.

Euro Tourinho, que jamais pensou em ser jornalista, quanto mais proprietário de um jornal diário, por uma dessas ironias da vida, tornou-se um dos mais longevos jornalistas do país e manteve um dos poucos jornais brasileiros a completar 100 anos, em 2017. Tornou-se uma referência e é o mais respeitado jornalista de Rondônia sem maiores pretensões que a de informar e fazer um jornal de qualidade.
Com 94 anos, é um homem lúcido e ativo, e continua na rotina de ser um dos primeiros a chegar e o último a sair da redação do jornal Alto Madeira. O empresário e jornalista é uma verdadeira testemunha da história e, ainda hoje, com todos os percalços, mantém-se bem-disposto e jovial, apesar de não ter conseguido abandonar sua famosa máquina de escrever para um computador, mas sem deixar de reconhecer que se trata de um grande avanço a modernização tecnológica da imprensa. Sua história, que se entrelaça com a história de Rondônia e do Alto Madeira, é uma história de trabalho, realização e sucesso de um homem de grande sabedoria, como a das grandes árvores da floresta sob cujas copas floresce a vida.

UM SER HUMANO DIFERENCIADO - Segundo Ciro Pinheiro, que forma com ele a dupla mais antiga no Estado de Rondônia, no exercício do jornalismo, “Euro é único até no nome os irmãos têm o sobrenome Malheiros, ele não, Euro Tourinho e pronto”.

UM EXEMPLO DE JORNALISTA - Segundo Marlene Rolim, também colunista do AM, “Euro é colega, amigo, e está sempre bem-humorado, ele é de bem com a vida”. Marlene, que o homenageou em seu livro Gente que faz Rondônia – Fatos e causos conclui: “Euro é o cara. É o jornalista mais jornalista que conheci, também faturando noventa anos, não há como negar”.

UM EXEMPLO DE DIRETOR DE JORNAL - O intelectual e escritor Almino Affonso afirma: “Tenho elogiado o dinamismo do Alto Madeira. Mas, como é óbvio, não há jornal sem jornalista. Sem desmerecer os que, ao longo de meio século, deram vida ao semanário nos seus primórdios, creio que é de justiça dizer-se que foi Euro Tourinho quem deu alma ao pequeno jornal, com as crônicas sociais da Eurly, pseudônimo com o qual disfarçava a sua presença social nos bailes, nas festas de arrabalde, nas mais diversas rodas que sacudiam a cidade, ora pelo riso, ora pela crítica”.

Serviço:

Euro Tourinho
A Samaúma da Imprensa Amazônica
Silvio Persivo

Scortecci Editora
Biografia
ISBN 978-85-366-4600-8
Formato 14 x 21 cm 
132 páginas
1ª edição - 2016

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