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A RACIONALIDADE INDUTIVA / Pedro Paulo Ramos Ventura

O objetivo principal deste livro é mostrar como, apesar das críticas de Hume à indução, esta ainda pode ser defendida, como mostra Mill. Mas, para tanto, é necessário pressupor a existência de leis gerais da natureza. Fazer isso, no entanto, vai contra a visão de natureza segundo Hume, segundo a qual mesmo a filosofia só pode estabelecer questões de fato prováveis e não tem como enunciar leis da natureza imutáveis.

Talvez Hume e Mill se aproximem teoricamente por Mill admitir que todos os enunciados gerais podem ser revisados e, portanto, são contingentes (temporários) e não necessários. Logo, segundo Mill, leis da natureza seriam gerais, porém igualmente temporárias. E, com isso, possivelmente Hume concordaria. Apresento as visões de Hume e Mill sobre a indução, procurando mostrar que, apesar de Popper ter se baseado em Hume para criticar a indução enquanto método científico confiável, opondo-se, desta maneira a indutivistas, como Mill, ainda é possível pensar a indução como uma forma de raciocínio humano científico. Mill define a indução como a operação de descoberta e prova de proposições gerais.

É a operação da mente pela qual inferimos que aquilo que sabemos ser verdadeiro em um caso, ou em conjuntos de casos, será verdadeiro para todos os casos semelhantes em aspectos considerados relevantes. A indução é um processo de inferência que vai do conhecido para o desconhecido. Toda a teoria de indução pressupõe que haja alguma certa regularidade da natureza: o que acontece uma vez voltará a acontecer novamente se as circunstâncias forem idênticas. A proposição que estabelece que o curso da natureza seja uniforme constitui o princípio fundamental da indução segundo Mill. Para Hume só podemos saber mediante a experiência que um determinado evento se repete nas mesmas circunstâncias, e pela força do hábito infere-se que tal coisa se repetirá novamente. Daí se inferem as nossas crenças factuais causais.

Pedro Paulo Ramos Ventura, 41 anos, escritor angolano, casado com a brasileira Arcela Hubner Rocke Ramos Ventura e pai de Pedro Emanuel Hubner Rocke Ventura. Bacharel em Teologia (Cetremib, 1999, Camaquã – RS); licenciado em Letras, História, (Uniasselvi, 2013/ 2014, Camaquã – RS); licenciado em Filosofia (Unisinos, 2014, São Leopoldo – RS.); mestre em Filosofia (Unisinos, 2015, São Leopoldo – RS); doutorando em Filosofia (Unisinos, 2019, São Leopoldo – RS); especialista em Ciência da Religião (EST, 2009, São Leopoldo – RS) Brasil. Atualmente professor de Filosofia na Universidade Católica de Angola (UCAN), no Instituto Superior Dom Bosco (ISDB). Obras publicadas: A utopia do perdão (2ª edição), A culpa é do monoteismo, Passos básicos para um casamento seguro (1ª edição Co-autor), Racismo a síndrome de Lúcifer, As objeções e respostas das meditações metafísicas entre Pierri Gassendi, Antoine Arnauld e René Descartes, e vários artigos publicados.

Serviço:

A Racionalidade Indutiva
Em que Consiste?
Pedro Paulo Ramos Ventura
Scortecci Editora
Filosofia
ISBN 978-85-366-4721-0
Formato 14 x 21 cm 
140 páginas
1ª edição - 2016

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