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TEMPO, TEMPERO: TEM PINHO, TEM PÃO... / Jorge Arildo

Na composição tempo-espaço, o tempo é uma dimensão especial. Inexorável, todos passam por ele que permanece inalterado. Insensibilidade do tempo... Se não desconfio, penso que este mundo está imobilizado no tempo, com futuro sendo reprodução do presente; temporária satisfação, invasão dos sentidos humanos. Dinamismo do comportamento, tudo acontece no tempo: ao trabalho e virtude opõe-se vício e pecados, fiéis testemunhas da obra do tempo. Transcendendo, inobstante os limites da lei e dos sonhos, vicissitudes, mazelas e glórias... A História cobra o desenrolar, o funcionamento. Tempo sem tempo, caminha rápido.

Acontecimento! Ansiedade, enlevo, angústia do dia a dia: caminha lento –, não se sensibiliza com todo e qualquer elemento. Desencantamento! Intrépido, rejeita as amarras (Espírito do tempo). O tempo não para! Tem hora que dá um tempo, no pragmatismo ao silêncio se alia... Aliado ao silêncio o tempo recria mas não é afetado por outros movimentos. Ledo engano ou plácido absurdo, as pessoas acreditarem que o tempo é absoluto, vencedor, soberano ante o eterno momento?!... Inobstante as dimensões relativas do tempo, do espaço e do plano, pelas artimanhas conheço a amplitude do meu tempo –, bastante diferente do tempo newtoniano ou mecânico – e particularmente relacionado com o movimento. Vítima do nefasto ou se alinhando ao viés de ternas possibilidades, da paixão à indignação – qualquer ferida –, vem a esponja do tempo e absorve o prurido...

Descontinuidade por isso, sem sentido; atemporalidade surge como uma nova abordagem de básicos valores: verdade, justiça – numa visão renovada de mundo – consciência, criatividade! Muito além do seu tempo, Albert Einstein com a cara e a coragem socorre-nos à relatividade... De graça no tempo, conhecimento vira ouro. Tolo quem gasta seu tempo, é tesouro – esperança quântica que arde. Sem imaginação, ousadia, pudera pobre, covarde...

Driblando intempéries
beleza, amor e justiça, verdade, bondade
dimensionando momentos: Arquétipos do tempo!
Sucedâneos portentos de paz, da água e da cor
– novo tempo – quarto elemento!
sob qualquer ângulo, qualquer paradigma
um tento no intento –, visionário, portanto...
Vício? Desperdício essa sina!
Cronologia, manifestação do tempo no dia a dia
quer passado, presente –, futuro é juramento!
tempo previsto, mais amor, infinito...
Por enquanto
o tanto de tempo que já se falou
(repete-se aquilo que deu mais valor), no entanto
no olhar e na mente, flores no meu pensamento;
Firmamento!...
varando o tempo... Solução! Mais problemas...
variando o tema, poesia e poemas;
preferido passatempo
se viram delícias como alimento:
tem pinho, tem pão; virtudes, performance, dinheiro
anjos o tempo inteiro...
tempera a emoção, passamento!

Divagações sobre o tempo...

Serviço

Tempo, Tempero:
Tem Pinho, Tem Pão
Jorge Arildo

Scortecci Editora
Poesia
ISBN 978-85-366-4916-0
Formato 14 x 21 cm 
116 páginas
1ª edição - 2016

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