TECENDO A MAGIA / Francisca Lacerda (org.) / Fausto Couto Sobrinho (org.)

Segundo o Aurélio, singularidade, na acepção cosmológica, é a região do espaço-tempo onde as leis da física atualmente conhecidas entram em colapso e as equações perdem o seu significado, ou seja, sob certo aspecto, é o terreno da poesia, que se inicia onde o sensorial, o onírico, o simbólico, o contraditório afastam a rudeza da razão. Da mesma forma, ser juiz e poeta ao mesmo tempo é, se não um evento singular, pelo menos algo raro ou invulgar. Os participantes do grupo de JuízesPoet@s conseguem a proeza de superar essa contradictio in terminis: o exercício da judicatura com a vivência poética. Por isso, talvez, sejam juízes muito especiais, capazes de perceber o fluir da vida onde outros veem apenas a letra fria dos autos processuais.
Escrever, eis o ofício do juiz e do poeta. Fiquemos com o último, que é o que nos interessa aqui. Por que escrever? Porque a vida, disse Gullar, não basta, e por isso o poeta do poema sujo escrevia. Outro escritor – ou transgressor –, Oscar Wilde, chegou a dizer que a vida imita muito mais a arte do que a arte a vida. Pois é, eis o mistério da escrita. Sim, os juízes se arriscam mais uma vez em viver esse mistério, lançando o terceiro livro do grupo JuízesPoet@s. E tal como nos processos – olha aí a arte imitando a vida – o livro é o resultado de uma comunhão de sentidos, de várias teias tecendo, costurando e “tecendo uma manhã”, no dizer de João Cabral de Melo Neto. Apreciem, com ou sem moderação.
Serviço:
Tecendo a Magia
Francisca Lacerda (org.)
Fausto Couto Sobrinho (org.)
Scortecci Editora
Poesia
ISBN 978-85-366-5255-9
Formato 14 x 21 cm
212 páginas
1ª edição - 2017
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