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GUERRA NA IMPRENSA OU IMPRENSA DE GUERRA? / Edgley Pereira de Paula

A Guerra da Tríplice Aliança ou Guerra do Paraguai (1864 – 1870) foi a primeira na América do Sul a ter forte cobertura jornalística. Guerra de imensas proporções, jamais vista na Bacia do Prata até então, seja no envolvimento militar, através do recrutamento de grande contingente de pessoas, seja através de notícias de milhares de mortes decorrentes de combate e de doenças, de enormes dispêndios de recursos de toda monta, esse acontecimento marcou os diferentes processos de consolidação e afirmação dos projetos de Estado-Nação dos países que se envolveram no conflito. No Brasil, passado o ardor patriótico dos primeiros meses do conflito, houve tanto periódicos que apoiaram o governo como os que o atacavam, ligados a grupos de oposição, dependendo de qual partido estaria conduzindo os rumos da guerra e da rede de clientelismo e favorecimento que o jogo político ditava em lealdades fugazes que envolviam, além dos políticos (da Corte e das províncias), editores, redatores, chefes militares e correspondentes de guerra. Por seu caráter totalizante, a Guerra da tríplice Aliança também se desenvolveu em outros “teatros”, como na imprensa. Os jornais de época repercutiram em suas páginas não só as batalhas travadas como também todo sofrimento, toda contradição e todo entusiasmo nacionalista propagado nos países contendores. Nessa perspectiva, penso que as publicações ilustradas e os jornais que proliferaram depois do início da guerra (1864), divulgadas quase que diariamente na imprensa, causaram forte impacto em toda a sociedade brasileira e, por consequência, nos homens que estavam sendo arregimentados e enviados para lutarem nas campanhas militares na região platina. A guerra foi total! E, vai atingir a produção de periódicos que nesse período, aos poucos, se profissionalizava. Como se deu esse envolvimento? Como se produziram as informações que circulavam em todo o Império e na bacia do Prata? Quem as produziam? A que preço?É o que resolvemos contar...

Edgley Pereira de Paula é autor de vários artigos e livros sobre os temas “guerra” e “imprensa” e todas as nuances de assuntos que deles são revolvidos, como imaginários coletivos, iconografias, mass media e os usos e abusos da história e da memória social. Na linha de interesse do autor também estão presentes temáticas co-mo patrimônio cultural, semiótica e historiografia, com especial atenção ao século XIX, no mundo ibero-americano. Em sua trajetória acadêmica fez bacharelado e licenciatura plena em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), especialização em História Militar Brasileira pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e mestrado em História Política pelo Programa de Pós-Graduação em História (PPGH/UERJ). Foi professor do Colégio Militar de Brasília e trabalhou por mais de 11 anos na Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército (DPHCEx), no Rio de Janeiro, onde atuava em pesquisa de História Militar e assessoramento em políticas públicas aplicadas ao patrimônio cultural de natureza militar, como fortes e fortalezas. Atualmente faz doutoramento em História Contemporânea na Universidade de Coimbra, em Portugal, onde investiga os reflexos das notícias da Guerra do Paraguai (1864-1870) na imprensa portuguesa da época.

Serviço:

Guerra na Imprensa ou Imprensa de Guerra?
A Imprensa Brasileira nos Campos de Batalha da Guerra do Paraguai
Edgley Pereira de Paula

Scortecci Editora
História
ISBN 978-65-5529-150-6
Formato 14 x 21 cm 
220 páginas
1ª edição - 2020

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