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ESCRAVIDÃO: HISTÓRIAS E MEMÓRIAS / Ilvo Jorge Bertin Fialho

O livro "Escravidão - Histórias e Memórias" tem como princípio estampar o “RETRATO FIEL” de mais de três séculos de “INJUSTIÇAS” praticadas com os povos negros no mundo, no Brasil e especialmente no Rio Grande do Sul. Na verdade, não se encontram provas irrefutáveis das maiores “Aberrações”, mas a tradição oral, depoimentos de pessoas idôneas, relatos impressionantes de acontecimentos verídicos e, muitas vezes repugnantes de cenas malvadas e indecências, um verdadeiro “Vandalismo Moral” e físico na pessoa de um ser humano. Costumes, culturas e particularidades da época trazidas à tona por meio de diversos relatos e evidências deixadas em aberto que deixam um único questionamento: por quê tanta crueldade e discriminação?... Talvez a resposta seja simples: só pelo fato das pessoas serem “Negras”.

Ilvo Jorge Bertin Fialho (Jorge Fialho) nasceu em Itacuruby, então 2º Subdistrito de São Borja, em 9 de abril de 1935, filho do farmacêutico Ivo Braga Fialho e Ilda Bertin Fialho. Integrou-se através do matrimônio à família Antunes, no então 3º Distrito de São Luiz Gonzaga, onde ficou residindo como agricultor. Era eletricista de profissão. Em 1965 fez parte do movimento emancipacionista de Bossoroca. Em 31 de dezembro de 1968 foi contratado pelo então interventor federal do novo município para exercer funções burocráticas na Prefeitura, iniciando como Oficial Administrativo, permanecendo até 28 de fevereiro de 1970, data em que foi nomeado subprefeito da sede; ainda exercia o cargo quando, em 3 de dezembro de 1971, foi designado para responder pelo NAOF – Núcleo de Assistência e Orientação Fiscal da Receita Federal, instalado no município no final do mês anterior. Em 1972, acumulando funções, foi designado para atender a UMC – Unidade Municipal de Cadastramento, tendo sido credenciado pelo INCRA em 1º de março desse ano e pelo CETRENFA. Por exercer cargo de confiança e expirado o mandato do prefeito, foi exonerado do cargo de subprefeito em 31 de janeiro de 1973; em 12 de março desse mesmo ano foi nomeado para um cargo na Comissão dos Serviços de Fiscalização Municipal, sendo que em 10 desse mês havia se integrado ao Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), onde até 1974 teve ativa participação, inclusive ministrando aulas. Em 5 de maio de 1973, acumulando mais uma função, foi designado para atender o Posto do Correio, que passou a funcionar temporariamente na Prefeitura. Em 15 de junho de 1973, foi designado novamente para atender a UMC, da qual havia sido exonerado por expiração do prazo. Em dezembro de 1976 foi nomeado Tesoureiro do município, exonerado em 31 de agosto de 1977 para assumir como chefe os Serviços de Fiscalização Municipal. Em 29 de fevereiro de 1980 foi designado para atuar de modo especial (Portaria nº 08/80) na fiscalização de preços no comércio do município (apoio SUNAB). Em 30 de julho de 1980 pediu exoneração de todas as funções como servidor municipal, assumindo a gerência de um silo de produção de sementes fiscalizadas, função que ocupou até 28 de fevereiro de 1981. Em 9 de março desse ano, foi readmitido nas funções de chefe dos Serviços de Fiscalização Municipal, cargo que ocupou até 30 de janeiro de 1983, quando foi exonerado a pedido. Durante os 14 anos que serviu ao município prestou outros serviços em paralelo às funções que exercia, como levantamento da produção (Agropecuária, Indústria e Comércio ICM). Foi membro da Patronagem do CTG Sinuelo das Missões de Bossoroca durante dez anos. Em 12 de outubro de 1985 participou como palestrante no evento comemorativo aos 20 anos de Bossoroca, com o tema “Município de Bossoroca e seus primeiros habitantes”. Em 12 de outubro de 1991, em comemoração aos 26 anos do município de Bossoroca, foi um dos palestrantes, com o tema “O negro na região missioneira”. Em 8 de novembro do mesmo ano, participou do IV Encontro Internacional de Estudos Missioneiros e da VII Mostra de Arte Missioneira, realizada em São Luiz Gonzaga, evento promovido pelo Instituto Histórico e Geográfico daquela cidade, do qual era sócio, sendo na ocasião um dos palestrantes, com o tema “Interpretação da língua tupi-guarani”. Foi colaborador no ensino público, participando com informações e palestras às crianças no que se refere à história e desenvolvimento do município. Pesquisador inveterado desde a juventude, publicou Pioneiros de Bossoroca em 1992, cuja primeira edição esgotou-se rapidamente, tendo se tornado referência nas pesquisas e, pela sua riqueza de detalhes e informações, contribuído relevantemente para o acervo histórico e cultural daquela região. Faleceu em 4 de novembro de 2014, aos 79 anos, deixando a esposa Odithe Antunes Fialho, dois filhos, Jair Antunes Fialho e Ivonete Antunes Fialho, e dois netos, Crístofer Yung Fialho e Lucas Fialho Villa Nova. Deixou importante herança social e histórica, com obras inéditas a serem lançadas in memoriam, a fim de perpetuar sua contribuição e legado e dar continuidade a seus desejos em vida de propagar a cultura e o conhecimento, tornando-os acessíveis a todos.

Serviço:

Escravidão
Histórias e Memórias
Ilvo Jorge Bertin Fialho

Scortecci Editora
História
ISBN 978-65-5529-576-4
Formato 14 x 21 cm
148 páginas
1ª edição - 2021

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