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PELAS ONDAS DO ARROIO PRETO EM MEIO AO CAFÉ AVENIDA E O PLÁTANO / Lourembergue Alves

O percurso era um tanto curto e a viagem, rápida por demais. Mas o asfalto da BR-116 estava escorregadio, em razão das fortes chuvas da noite anterior, bem como da garoa teimosa que caía naquela manhã primaveril. Luís se encontrava absorto pela beleza das fotografias distribuídas às margens da estrada, enquanto seu pensamento se distanciava em demasia do momento vivido, carregado pelas ondas do rio prometido, com as cenas passadas a se misturarem com as do presente, e os atores pretéritos, então protagonistas, saídos dos causos que lhe vinham à lembrança e das palavras de uma carta deixada pelo pai, ainda no próprio leito de morte. Carta que deveria ser lida aos poucos, página por página, sem pressa, como se ela fosse, como de fato era, a única fonte de orientação, uma espécie de TripAdvisor, sem que tivesse baixado da Apple Store ou do Google Play. Rumava-se para o interior de si mesmo, para a cidade de sua infância, “com a mesma devoção de um peregrino”, e viu-se “invadido por sentimentos inesperados”.

Lourembergue Alves nasceu nas cercanias do nascedouro do rio Paraguai, numa região garimpeira. Aos quatro meses de ida-de, “deixou” Alto Paraguai (MT) e passou a morar em Nortelândia (MT). Cresceu em meio à aventura de homens que procuravam o que não guardaram entre barrancos de cascalhos e córregos, movidos pela esperança de encontrar a sorte grande, e mal podiam acompanhar o crescimento dos próprios filhos. Passou, então, a dividir o seu tempo de garoto com o grupo escolar, a Igreja e o campo de futebol. Foi para o antigo Ginásio Gustavo Dutra, em São Vicente. Estudou no Liceu Cuiabano, na UFMT e em São Paulo. Reside, atualmente, em Cuiabá (MT). Articulista do jornal A Gazeta, comentarista político do Jornal da Manhã – edição Cuiabá, da rádio Jovem Pan, do programa Tribuna, da rádio Vila Real, e do programa de TV Opinião (TV Pantanal, canal 22), é estudioso da política e do jogo político e professor universitário. Ocupa a cadeira 6 da Academia Mato-Grossense de Letras, cujo patrono é Francisco José de Lacerda e Almeida. Já escreveu mais de 19 mil textos, entre os quais artigos científicos para revistas especializadas. Publicou contos em antologias diversas.
Principais livros solos publicados:
As Canções à Sombra da Magnólia: Quase Poemas
A Flor de Lótus e o Calar do Silêncio
1967: Sublegendas, Conflitos e Quase Impeachment
Antúrios: Esquizofrenia e Incapacidade para os Atos da Vida Civil
O Laranja, Camélia e Flores no Jardim
Destituição e Recondução: Os Partidos como Trincheiras e Meios das Oligarquias Locais
Papoulas, Remorso e Sombras nas Gerais
A Cereja, o Sanga e o Pampas
A Sacada: Como Janela para Olhar o Pretérito
O Rádio no Tempo da Radionovela
Caetanada: Violência e Luta Armada como Estratégia de Obtenção e Manutenção de Poder
O Último Cruzado da Nossa Colonização

Serviço:

Pelas Ondas do Arroio Preto em Meio ao Café Avenida e o Plátano
Lourembergue Alves
Scortecci Editora
Ficção
ISBN 978-65-5529-804-8
Formato 16 x 23 cm
156 páginas
1ª edição - 2022

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