MASSACRE DOS ÍNDIOS CANELA / Virgílio Galvão Sobrinho

No tempo do exílio do povo Canela
Eduardo Q. Galvão
Etapa de choro alto,
de desespero,
de corpos inertes
nas esteiras de palha de buriti.
A terra estranha,
carrasco seco, triste,
de fome e doenças.
Nos voos rasantes das aves noturnas,
gritos de desespero
pelo mau presságio, de morte.
Pela manhã a procissão de aflitos,
para enterrar os entes queridos
em covas rasas protegidas por jiraus de madeira ressequida.
O som de cabaça indígena, flauta rústica, nostálgico,
reboava nas noites escuras
doloridas de saudade.
Foto da capa:
Da esquerda para a direita,
Virgílio Galvão,
Pedro Gregório,
Abilio Ithomim,
não identificado,
Bento Vieira.
Serviço:
Massacre dos Índios Canela
Virgílio Galvão Sobrinho
Scortecci Editora
Poesia
ISBN 978-85-366-6039-4
Formato 14 x 21 cm
44 páginas
1ª edição - 2019