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ALUVIONAL / Tiago Quingosta

Amante da literatura brasileira e amazônida, inglesa e francesa, música e cinema, Tiago Quingosta encontra na poesia a sua maior forma de expressão desde os quinze anos. Nascido no Amapá (AP), em 11 de setembro de 1987, é servidor público e escritor. Filho de uma professora e artista plástica e de um escrivão, Tiago cresceu em um lar de leitores.  Com vasta obra, recebeu vários prêmios literários e participa de vários livros, antologias e um curta-metragem poético. É autor do livro Foz Florescente e participou de dezenas de eventos literários ao longo de mais de quinze anos de carreira como escritor. Além de escritor, Tiago Quingosta é produtor, agente cultural e já foi eleito como conselheiro de cultura do segmento da Literatura, por dois biênios (2015/2017 e 2017/2019), perante o Conselho Estadual de Política Cultural do Amapá (CEPC-AP), tendo organizado durante seu mandato o Plano Estadual do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas do Amapá (PELLLB/AP).

Tiago Quingosta não deve ser classificado como um poeta regional – há, na sua escrita, referências universais e vozes em outros idiomas além do português, fugindo ao regionalismo, naquilo que o termo tem de localizador e, às vezes, limitador –, mas este Aluvional pode ser visto como um livro essencialmente de poesia amazônica: não apenas foi concebido em uma capital dessa região do país, como traz essa marca na ambientação de boa parte dos poemas, nas palavras utilizadas, na cultura de que se faz representante em vários trechos da obra, no “jeito tucuju de dizer”. Para escrever amazonicamente não há que ser nativo ou morador dessa parte do país, certamente, mas apenas os ali nascidos e os que nessas terras vivem saberão traduzir com exatidão o sentido de uma “Alma equatorial” – título do poema em prosa de abertura:

“Eu vivo entre os trópicos de Câncer e Capricórnio e, apesar das minhas
fronteiras, dos meus limites, dos meus medos, eu sigo assim, alma equatorial
superúmida.”
“Ter um coração do tamanho da Amazônia não significa ter a alma do
tamanho do mundo.”
“Eu já fui floresta de várzea, porque assim o quis. Quando da cheia dos rios
eu me deixava
afogar [...].”
“Procurava conforto na foz, na foz florescente que deixa sucuris devorarem
orquídeas raras.”
Todo o presente poemário está repleto de imagens com essa mesma força
criativa e evidente amazonicidade, cuja citação, por óbvio, não cabe
a um texto breve. O convite que se faz é para que o leitor mergulhe nestas
águas, rasas ou profundas a depender da aluvião poética pretendida pelo
autor, para perceber por si mesmo o tanto de simbologias, referências e
maneiras de ver o mundo (a partir de um ponto no Equador) que nelas se
encontra submerso.
Sérgio Bernardo
Jornalista e escritor
Janeiro de 2022

Serviço:

Aluvional
Tiago Quingosta
Scortecci Editora
Poesia
ISBN 978-65-5529-753-9
Formato 14 x 21 cm
112 páginas
1ª edição - 2022

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