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PAPAGAIO CONTA A HISTÓRIA / Ivana Rebello

Este livro Papagaio Conta a História, de Ivana Rebello, faz um importante estudo das vozes dos pássaros na literatura brasileira: o sabiá e o papagaio. O leitor irá encontrar uma crítica que, consciente do seu papel, traz uma reflexão sobre a identidade nacional, a partir da escuta do silêncio e das vozes dos pássaros.

No rastro do voo de cada um, a autora demonstra como o sabiá e o papagaio assumem, no “contexto da literatura nacional, a conotação de símbolo de nossa cultura e da nossa identidade nacional”.

Na primeira parte “As Canções do Sabiá”, o estudo crítico procede a uma reflexão sobre a imagem do sabiá, ave que representa a identidade nacional nas composições românticas. A “Canção do Exílio”, de Gonçalves Dias, será destacada em diálogo com outras canções de outros poetas, que vão recuperar alguns elementos do poema de Gonçalves Dias, mas com um olhar diferenciado, construtor de um novo “retrato do Brasil”.

Na segunda parte “E tem aquela do papagaio”, a autora traz para a cena de sua discussão o papagaio que “encarna as múltiplas identidades” da terra Brasil, ave que aparece desde a Carta de Caminha e acena para a “heterogeneidade e para a complexidade que subjazem em nossa cultura”. Essa parte destaca-se pelo estudo das vozes dos “papagaios” no romance Iracema, de José de Alencar, e em Macunaíma, de Mário de Andrade.

Em Iracema, a “ará”, última testemunha da história, se “estabelece como voz dissonante, que resiste ao processo de acomodação luso-americana” e ressoará na escrita modernista de Macunaíma, como um “contador de histórias”. Como ressalta a autora “as vozes dos pássaros, pouco ouvidas em nossa literatura, ensejam significações precisas, que estão a esperar por mais reflexões e estudos”. Quem sabe, nas asas dessas aves não possamos ouvir outros “cantos”, motivados pela leitura deste livro.
Ilca Vieira de Oliveira.

Este livro ouve, compara e analisa as vozes dos pássaros na literatura brasileira. A “Canção do Exílio”, de Gonçalves Dias, é ponto de partida para a escuta dos referenciais simbólicos e ideológicos que subjazem na historiografia literária nacional, mormente no final do século XIX até meados do século XX, em que a busca por uma voz autônoma e independente foi preponderante nas letras locais. A “escrita de papagaio”, termo usado pela autora para referendar o caráter compósito e mestiço da nossa literatura, propõe uma leitura de aves, de poetas e de cópias despudoradas. Dessa escrita resulta essa fala nova, muito nova, que abre asas rumo ao infinito.

Serviço:

Papagaio Conta a História
Ivana Rebello
Editora Scortecci
Poesia
ISBN 978-85-366-1870-8
Formato 14 X 21 cm 
152 páginas
1ª edição - 2010

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