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PERSEVERANDO NA REFORMULÇÃO DO ENSINO MÉDICO / Registila Libania Beltrame

Desde a publicação das Diretrizes Curriculares para os Cursos de Graduação em Medicina, em 2001, as escolas médicas têm despendido esforços no sentido de formar médicos de acordo com o preconizado por essas diretrizes. Todavia, a tarefa parece bem mais difícil do que se esperava. Neste trabalho procurou-se refletir sobre os entraves que dificultam a formação de um médico diferenciado, com perfil generalista, humanista, crítico e reflexivo, que muito viria a contribuir para a melhoria dos serviços de saúde no nosso país.

As dificuldades encontradas por muitas escolas médicas que estão procedendo às modificações curriculares nesse sentido e que também foram encontradas pela autora quando da elaboração da tese de doutoramento que serviu de base a este trabalho se referem a: fragmentação do curso em disciplinas; desconhecimento, por parte da comunidade acadêmica, da intencionalidade do currículo visando à formação de um profissional com determinado perfil; formação docente deficiente, sem aportes epistemológicos da área de Educação; excessiva valorização da especialização e, como consequência, da pesquisa stricto sensu, levando ao desinteresse por outras áreas do saber; desumanização das práticas em razão da formação essencialmente tecnicista de docentes e, por decorrência, dos egressos dos cursos; a não “profissionalização” do professor de medicina, tanto no que se refere ao contrato de trabalho como à sua capacitação como formador e não simplesmente “informador”. Não se pode deixar de acrescentar que os interesses econômicos envolvidos na atividade médica contribuem, sobremaneira, para pressionar a manutenção da formação de médicos tecnicistas, que não possuam um entendimento maior da relevância social de sua profissão.

A decisão de lançar um livro, com as devidas atualizações até 2012, baseado na Tese de Doutoramento elaborada pela autora em 2006, embora extemporânea, deve-se à sensação de que as dificuldades de se modificar o ensino de Medicina continuam. Por fazer parte do Núcleo Docente Estruturante de um curso de Medicina, a autora tem vivido as delícias e as agruras das várias tentativas de inserção de modificações no currículo, com o objetivo de alcançar o perfil do médico preconizado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Medicina, publicadas em 2001.

A mudança de paradigma no ensino médico é considerada necessária para promover a formação de profissionais humanistas, críticos e reflexivos, cujas prioridades são a atenção primária, promoção à saúde, prevenção das doenças e que sejam capazes de resolver os casos das doenças prevalentes na comunidade. As escolas médicas, no geral, têm encontrado dificuldades na implementação de currículos que tenham como objetivo a formação de médicos de acordo com o indicado pelas DCN. O entendimento dessas dificuldades e a procura de caminhos para contorná-las foi o objetivo deste trabalho.

REGISTILA LIBANIA BELTRAME Possui graduação em Ciências Farmacêuticas pela Universidade de São Paulo (1971), mestrado em Ciências Farmacêuticas pela Universidade de São Paulo (1979) e doutorado em Educação (Currículo) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2006). Atualmente é professora e coordenadora de Pós-Graduação das Faculdades Oswaldo Cruz e professora titular de Microbiologia e Imunologia da Faculdade de Medicina do ABC. Foi coordenadora do Curso de Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Medicina do ABC de 2000 a 2010. Tem experiência  na área de Microbiologia, com ênfase em Microbiologia, bem como na Educação em Saúde.

Serviço:

Perseverando na Reformulação do Ensino Médico
Registila Libania Beltrame
Scortecci Editora
Medicina
ISBN 978-85-366-3093-9
Formato 16 x 23 cm
280 páginas
1ª edição - 2013

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