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POESIA INTERINA / Danielle Jordam

Após realizar um agradável passeio pelos versos de Poesia interina em tempos de prosa bamba, de Danielle Jordam, pseudônimo de Conceição de Maria Costa Ribeiro Galvão de Sá, pude apreciar cada poema escrito com maestria e sensibilidade poética que a autora possui. Sua magnífica obra é composta de 60 poemas divididos em três partes, conforme a temática. A primeira parte, que traz como título Do florescer renitente, compõe-se de 24 poemas; a segunda, Da resignação mais benéfica, 20; e a última, Da melancolia menos maléfica, 16, todos bem construídos, de leitura prazerosa pelos recursos poéticos que a poeta tão bem utiliza. As gravuras, plenas de significado subjetivo, completam o sentido das palavras poéticas que a autora utiliza no tecer de cada verso, de cada estrofe, são recursos visuais que fazem a leitura mais prazerosa e aguçam a atenção e a curiosidade do leitor. A primeira figura exibe taças sobre a mesa como se nos convidasse a beber na fonte primorosa de sua arte. O conjunto da obra, composta por poemas curtos como “Verde-anil” ou mais longos como “Rimas clandestinas”, é um convite ao leitor adentrar por esta rica seara poética, passando pelas várias folhas secas da amendoeira que brincam entre si em “O mormaço e a amendoeira” , seguindo a trilha das borboletas que chegam e se encantam com “A bailarina”, iluminadas pela luz da lamparina da “Primeira infância de todos os santos”. Concluo estas breves palavras com uma afirmação de Antonio Cândido que diz: “A literatura é o sonho acordado das civilizações”. Sinto-me honrada em compartilhar deste sonho, apresentando a obra Poesia interina em tempos de prosa bamba, que faz a literatura piauiense se tornar mais rica. Li, apreciei e recomendo.
Josefina Ferreira Gomes de Lima - Professora e poeta cordelista

(...)
Ismália viu o céu no mar
De tal encanto não serei vítima
Pois tenho um Deus dono de mim, do céu e do mar
REDENÇÃO
Maria, calada, ou defendendo a luta de cada dia
Maria desfilando, ensinando, cozinhando, conferenciando
E assim vai... seguindo em frente
Na luta nossa de todos os dias. (...)
MARIA DE TODOS OS TEMPOS
Cracambeijando,
neologismo à parte,
beijo o Sol por meio do seu por, dispor no antepor do forte enlevo.
Minh’alma beira as nuvens insones na tarde inicialmente insípida.
No ritmo frenético, sigo e defloro a beleza virginal da noite.
Craque no amor platônico,
craque, amo e beijo Luas (...)
NEOCRAQUE
(...)
Florescendo, queria arder de amor,
enfim, inebriar-se no encanto da primeira chuva
PRIMEIRO ENCONTRO

Obrigada, Senhor, pelo sorriso de quem amo
Infinitas vezes rio em meu coração (...)
Obrigada, Senhor, pela eterna presença
Até na ausência do agradecer em meu falar
OBRIGADA, SENHOR!

Danielle Jordam é piauiense, graduada em Letras e Direito, pós-graduada em Supervisão Escolar e EJA do Campo, advogada e professora da rede pública. Amante da música, das letras e arte em geral, ingressou no mundo da escrita com a classificação do soneto Desfecho e participação na revista Valores Literários do Brasil, ano 10. Participou das Antologias de poesias, contos e crônicas Palavras Abraçadas (2016), Impressões Literárias (2018), Palavras do Cotidiano (2021) e escreveu o livro O Sorriso Fujão (2020), declarando-se também encantada com o universo da literatura infantil.

Serviço:

Poesia Interina
Danielle Jordam

Scortecci Editora
Poesia
ISBN 978-65-5529-958-8
Formato 14 x 21 cm 
108 páginas
2ª edição - 2023

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