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SOBRE ESCOMBROS & JARDINS / NJBRASILEIRO

A obra Sobre Escombros & Jardins é uma coletânea poética de NJBrasileiro que reúne poesias e lembranças de seus escritos que começam nos anos 80 até nossos dias atuais, dialogando com várias escolas literárias. Marca a mudança de pensamento de NJBrasileiro, artista das letras e psicopedagogo, de teorias racionalistas europeias ateias, adotando a vertente do Budismo criada e promovida pela Seicho-No-Ie – uma filosofia de vida japonesa, criada por Masaharu Taniguchi. Ele também busca novos aportes em Sêneca, onde procura inspiração para uma Vida Feliz. E desejoso de aportes para a Tranquilidade da Alma. Junto com Enrique Dussel, NJBrasileiro está agora encantado com a Analética, onde o outro é acolhido de forma fraterna e compreensiva, em sua perspectiva ontológica, sendo parte da grande comunidade terrena e planetária. Nesta obra a vida do artista é misturada à vida do pedagogo que sofre uma recusa ao mundo prosaico, e a mera utilidade e funcionalidade de nossa existência. Ora artista das letras faz o papel de hominis ludicos, ora ironiza com sua condição de hominis laborum. A poesia é um discurso do inconsciente, por isso na atividade literária o escritor assume um frio na barriga, pois somos sujeitos polissêmicos, e a linguagem poética nem sempre tem uma única significação. A arte é uma tentativa humana de sublimar a dor, e no seu anseio por beleza, o poeta através da obra de arte deforma a realidade, transformando tudo em belos versos e em melodiosos sons e ritmos. Ao leitor fica um convite para apreciação desta música e escuta desses versos entoados do fundo da alma do artista, também considerado um sujeito pensante ou sujeito epistêmico, cujos versos convidam ao deslumbramento, numa poesia que também comunica um mistério, qualidade do indizível.

NJBrasileiro - Inicia seus estudos FAEM Pelotas [1984] que vive uma efervescência cultural em todas as áreas de conhecimento. Na área de agroecologia participa de agricultura alternativa. A mãe tem uma livraria, onde colaborava, em Dom Pedrito. Recebia uma semanada, que ajuda a compor sua primeira biblioteca com livros: agronomia, história, filosofia, sociologia e literatura. No DANV como membro do Departamento Cultural atua como bibliotecário, emprestando seus livros a outros estudantes. Frequenta a casa melancia em Capão do Leão: “verde por fora, vermelha por dentro”, onde convive com estudantes de Caxias. Também frequenta a Casa de Estudantes onde conhece outros amigos. Faz movimento estudantil onde compõe Poética do Militante e Hino ao Mestre, onde critica as aulas expositivas de seus professores de Agronomia: “uma geada negra”. No plano sentimental, vive amor platônico por Donizete, uma secretária do DANV, com quem faz passeios, ouve suas deliciosas delongas e gosta de Jazz de Miles Davis. Também convive com Isabel, filha de um militar que se apaixona perdidamente por ele. E rouba seu boné que só lhe devolve depois de muita insistência, semanas depois pela mão do amigo Paulo Rene. Entra em contato com obra de Augusto Boal. Em Bertold Brecht descobre a técnica do “estranhamento”. Participa da peça Um Credor da Fazenda Nacional de Qorpo Santo, onde faz papel de um funcionário público, como que anunciando seu futuro como servidor da União. Chega a participar de ensaios de teatro, onde faz espelhos com atores do grupo de Fefo, um ousado diretor de teatro, que o leva para encenar a peça no Teatro Municipal, com outros estudantes de Agronomia. No DANV participa do grupo Raízes, de matriz progressista, defende reforma agrária e direitos civis democráticos, como liberdade de expressão. Na casa da irmã Vera, convive com suas colegas de Psicologia, com quem aprende os princípios de psicanálise, que depois servirão de base para sua especialização em psicopedagogia, em Amparo Paulista. Faz curso de estilo no ILA – Instituto de Letras e Artes da UFPEL, onde entra em contato com Luis Fernando Verissimo, em “O gigolô das palavras”. Mora em diferentes repúblicas de estudantes, onde recita seus poemas. Na secretaria de cultura da prefeitura de Pelotas não tem apoio para imprimir livro: Face, facetas. É digitado na Olivetti de seu pai, que em Dom Pedrito mantinha uma máquina composta de fita tinta, dupla vermelha e preta. Já ao final do curso encontra a primeira máquina elétrica, composta por uma roseta, na biblioteca da FAEM causa incômodo a outros estudantes, com ruído estrondoso. Termina seu primeiro relacionamento com L. Carli, uma pedagoga negra, que perde vários filhos. Depois tenta propor um emprego numa fazenda de sua avó. Mas ele é orgulhoso, deixa Pelotas para caminhar pelas próprias pernas. Faz psicodrama com Francisco, um inovador terapeuta, que o deixa em condições para concluir faculdade. E finalmente faz a formatura no pátio do ILA, onde um estudante desce as escadarias tocando sax, túnica branca, calça branca, enquanto estudantes carregam um diplomão gigante, que é rasgado ao final. De dentro voam balões de todas as cores, pelo céu de Pelotas. Na formatura, já está com S.X., após algumas semanas do fim de relacionamento com L. Carli. Migra para Mato Grosso [1990], com sua segunda mulher. S.X., uma estudante de Agronomia e massoterapeuta, amiga de uma dentista que morava em Cáceres, MT com sua mãe. No MT onde encontra novos amigos, como Eraldo e Saionara, e um novo mundo se abre. A carreira artística pode esperar por mais 30 anos. Outras urgências são eleitas. Migra para Santa Catarina [1994], segue para Amparo [1997], comporá os poemas psicopedagógicos, poemas que marcarão sua 2ª fase como artista das letras e psicopedagogo.

Serviço:

Sobre Escombros & Jardins
NJBrasileiro

Scortecci Editora
Poesia
ISBN 978-85-366-6230-5
Formato 16 x 23 cm 
64 páginas
1ª edição - 2022

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