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TEORIA E PRÁTICA DE HISTÓRIA ORAL / Armando Alexandre dos Santos



A utilização de narrativas orais como fontes históricas foi durante muito tempo desprezada pela Historiografia influenciada pela Escola Positivista do século XIX, a qual somente aceitava como válidos e confiáveis os documentos escritos, de preferência emanados de autoridades oficiais. Nessa ótica hoje inteiramente superada, as narrativas orais eram consideradas apenas como algo característico de povos primitivos e não evoluídos, ágrafos e de cultura meramente oral. A partir de 1929, porém, por influência da Escola dos Annales, ampliou-se muito o conceito de fontes históricas utilizáveis por um historiador o que ensejou um extraordinário desenvolvimento dos estudos históricos. Durante a segunda metade do século XX, cada vez mais se valorizou a História Oral, que hoje está definitivamente aceita e consolidada nas grandes universidades e nos mais rigorosos centros de pesquisa de todo o planeta. Nos ambientes corporativos também se nota a preocupação de ser preservada a própria memória, registrando depoimentos orais de elementos mais idosos e experientes e disponibilizando-os pela internet. Entre inúmeros outros exemplos, cabe lembrar o Projeto Memorar, da Associação Comercial e Industrial de Piracicaba – ACIPI, que visa a preservar por meio da oralidade a história da entidade e, mais amplamente, do empreendedorismo no município de Piracicaba; trata-se de iniciativa lançada no primeiro semestre de 202 2, baseada na memória afetiva dos elementos mais antigos e experientes da ACIPI.

A História Oral registra lembranças de pessoas anônimas, que normalmente não encontram sua expressão na imprensa e, ainda menos, nos livros e nos ambientes universitários. Dar voz aos que não têm voz constitui uma importante função social Desempenhada pela História Oral, que é capaz de chamar a atenção para aspectos mais particulares ou mais particularizados da vida real da população, os quais costumam ser negligenciados e esquecidos pelo que se poderia chamar “grande História”, que por natu-reza tem um enfoque mais generalista. Aspectos da vida privada, das relações familiares, dos ambientes de trabalho, dos círculos de sociabilidade de pessoas comuns e anônimas, da micro-história (que às vezes, a partir de pequenos casos concretos bem estudados, permite uma compreensão muito abrangente e até aprofundada dos grandes anoramas) tudo isso pode ser explorado pelo uso adequado da História Oral.                                   

Armando Alexandre dos Santos é licenciado em História, em Filosofia e em Letras; tem pós-graduação em História Militar e em Museografia e Patrimônio Cultural; é doutor, na área de Filosofia e Letras, pela Universidade de Alicante, na Espanha; e está, desde agosto de 2020, fazendo pós-doutorado na Universidade de São Paulo-USP, onde atuou como professor visitante na pós-graduação da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Foi professor do curso de Bacharelado em História e do Programa de Pós-Graduação em História Militar da Universidade do Sul de Santa Catarina (2016-2021). Atualmente é professor e vice-coordenador do Curso de Licenciatura em História do Centro Universitário Ítalo-Brasileiro. Jornalista profissional (MTb 36.265). Membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (2009), do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (1994), e da Academia Portuguesa da História (2016). Reside em Piracicaba desde 2006, onde é membro do Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba e da Academia Piracicabana de Letras (titular da cadeira número 10). Colabora assiduamente na imprensa local, antendo duas colunas semanais fixas, nos jornais “A Tribuna Piracicabana” e “Jornal de Piracicaba”. É, ainda, autor de 45 livros publicados, nas áreas de História, Ciência Política, Psicologia e Religião. Currículo Lattes completo em: http://lattes.cnpq.br/ 0315563596870512

Serviço:

Teoria e Prática de História Oral
Armando Alexandre dos Santos

Scortecci Editora
Contos
ISBN 978-85-366-6292-3
Formato 16 x 23 cm
112 páginas
2ª edição - 2023
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