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DOSSIÊ HERBERT BALDUS - 100 ANOS / Orlando Sampaio Silva (coord.)


Ensaio, artigo e depoimentos sobre o antropólogo teutobrasileiro Herbert Baldus, que viveu e trabalhou no Brasil, pesquisou grupos indígenas de diversas etnias. Um dos pais fundadores da antropologia científica no país. Trabalhos apresentados ao Seminário Herbert Baldus (USP). Herbert Baldus foi professor na Escola de Sociologia e Política de São Paulo (ESPSP) e pesquisador no Museu Paulista (Ipiranga) da Universidade de São Paulo (USP). Como antropólogo e indigenista, pesquisou as sociedades dos índios Tapirapé, mas, também, outros grupos indígenas, tais como os Borôro, os Teréna, os Guayakí, os Kaingáng, os Xavánte, os Mbyá-Guaraní, os Karajá e outros localizados nas diversas regiões brasileiras. Sua bibliografia é extensa, com livros e artigos sobre as sociedades e culturas pesquisadas, assim como publicações de cunho teórico e as de análise crítica da antropologia que se fazia então no Brasil. Participou de inúmeros congressos de antropologia e de americanistas, no país e no exterior. Na Escola de Sociologia e Política de São Paulo, Baldus foi professor de importantes cientistas sociais brasileiros, tais como Florestan Fernandes, Darcy Ribeiro, Oracy Nogueira e Juarez Brandão Lopes. Foi um dos pais fundadores da antropologia com características rigorosamente científicas em nosso país, ao lado de alguns outros antropólogos, a saber: Eduardo Galvão, Darcy Ribeiro e Egon Schaden. Este livro contém estudos sobre a multifacetada obra de Herbert Baldus e depoimentos-testemunhos sobre o notável antropólogo prolatados por outros cientistas sociais, seus colegas, que com ele conviveram na árdua labuta antropológica. Contribuíram para a constituição deste dossiê os/as professores/as Francisco M. Salzano, Sílvia Maranca, Niède Guidon, Betty Meggers, Vilma Chiara, Maria Helena C. de Figueiredo Steiner e Orlando Sampaio Silva, etnólogos uns e arqueólogos outros, todos antropólogos.

“Quando subsistem do passado apenas as lembranças vagas e incompletas que chamamos tradição, isso representa um estímulo especial para o artista, pois então ele se acha livre para preencher as lacunas da lembrança conforme os anseios da sua fantasia e para moldar conforme suas intenções o quadro da época que quer retratar.”
(S. Freud, Moisés e o monoteísmo, Cia. das Letras, São Paulo, 2018, p. 102)

1999 foi o ano do centenário de nascimento do antropólogo teuto-brasileiro Herbert Baldus (14/3/1899 – 24/10/1970). Em um dos primeiros meses de 1999, fui recebido, em seu gabinete de trabalho, pela diretora do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da Universidade de São Paulo (USP), Profa. Dra. Paola Montero. Nessa ocasião, levei à diretora a ideia-sugestão de que a instituição homenageasse Herbert Baldus em face do centenário de seu nascimento, efeméride ocorrida naquele ano. Propus que a homenagem se consubstanciasse em três partes: (a) a realização do Seminário Herbert Baldus; (b) a Exposição Herbert Baldus, promovida pelo MAE-USP, e (c) a publicação do Dossiê Herbert Baldus. Coloquei-me à disposição para que eu próprio organizasse e coordenasse o seminário e a publicação do dossiê. Quanto à exposição, ela ficaria a cargo dos museólogos da instituição. A sugestão recebeu o acolhimento imediato da diretora e da instituição diante da justeza da homenagem ao insigne cientista por mim proposta. As sessões do seminário foram efetivadas com sucesso, em parte nas dependências do próprio MAE-USP e em parte no Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, com a participação de conferencistas por mim convidados, professores e pesquisadores, antropólogos e arqueólogos da USP, tendo eu, o coordenador, sido um dos conferencistas. Os antropólogos e arqueólogos do MAE-USP organizaram a exposição, caracterizada pela excelência de seu cunho divulgador, de forma concreta, da obra do notável antropólogo, que havia dirigido a Divisão de Antropologia e Arqueologia do Museu Paulista (Museu do Ipiranga) da USP. Na época, a Revista de Antropologia, do Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, publicou, como parte da homenagem a Baldus, o ensaio “O antropólogo Herbert Baldus”, de autoria deste coordenador (vol. 43, n. 2, 2000). Agora, em 2023, a Scortecci Editora publica, sob minha coordenação, o Dossiê Herbert Baldus — 100 anos, que contém, além do ensaio acima referido, textos-depoimentos do antropólogo físico Francisco M. Salzano e das arqueólogas/antropólogas Betty Meggers, Sílvia Maranca, Niède Guidon, Maria Helena C. de Figueiredo Steiner e Vilma Chiara.
Orlando SAMPAIO SILVA

Serviço:

Dossiê Herbert Baldus
100 Anos
Orlando Sampaio Silva (coord.)

Scortecci Editora
Biografia
ISBN 978-85-366-6347-0
Formato 14 x 21 cm
124 páginas
1ª edição - 2023
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