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O TEMPO NÃO DETÉM A VIDA / Heloísa Prazeres


Neste livro, o eu poético toma o leitor, pelo menos a mim, em identificação de si mesmo. Os poemas são resgates do olhar sensível de tempos e espaços de quem viveu e, depois, guardou as vivências no imaginário. São poemas em versos livres, em tom intimista, de sinceridade, onde os singulares enjambements fazem o ritmo ganhar, semântica e poeticamente, tons polissêmicos.
Tica Simões

É nesse estado humanamente ambíguo, quando “a noite cava silêncios”, que o eu lírico abre as “gavetas da escrivaninha”, retira o peso sobre os “destinos em maços de papel”, “firma o lápis” e desenha a “nesga do convívio”, para esticar a vida que “o tempo não detém”.
Maria Mortatti

Nesse livro, o corpo poético é solicitado para construir a estética das cenas. Então, a reação do corpo vem de onde sai a palavra marcada por uma arquitetura erotizada e significante. […] prenhe de musical plasticidade da palavra poética, encena uma coreografia que faz “molhar as ideias”.
Edilene Matos

Na parceria da poeta com o saudoso artista, as suas artes se associam e dialogam, potencializando seus conteúdos estéticos de forma recíproca. A autora demonstra a habilidade de poetizar os acontecimentos e as circunstâncias da vida, e adota as imagens como parte da sua semiose textual, cujo efeito se concretiza no reflexo retrospectivo da fruição do leitor. Cada poema projeta seu sentido particular para um todo, do qual as imagens são agentes interativos indissociáveis, pois constituem uma textura de signos visuais. Através da leitura dos poemas e das cópias das pinturas, o leitor participa das viagens da poeta e do artista, a um só tempo recordação, aventura e criação. Assim, recolhe em sua experiência estética as imagens citadinas e paisagísticas, traços e detalhes das texturas representadas e o conhecimento vicário dos lugares percorridos pela arte poética/visual. O trabalho de criação, conjunto e solidário, representa a imersão do casal no universo da representação que, como companheiros de viagens simbólicas e factuais, foram registrando e anotando ao longo da caminhada de mais de meio século. Assim, na obra da poeta e do artista, poemas e pinturas se associam, casados na vida e na arte, em permanente diálogo.
Aleilton Fonseca

Heloísa Prazeres, poeta, ensaísta e tradutora. Professora adjunta aposentada do Instituto de Letras (IL) da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Mestre em Teoria da Literatura pelo Instituto de Letras da UFBA. Cumpriu doutorado em Literatura Comparada no Departamento de Línguas e Literaturas Românicas da University of Cincinnati, Ohio, Estados Unidos. Foi titular na Universidade Salvador (UNIFACS) e coordenou o Núcleo de Referência Cultural da Fundação Cultural do Estado da Bahia. Publicações: Temas e teimas em narrativas baianas do Centro-Sul (FCJA; UNIFACS; SECULT, 2000); Pequena história, poemas selecionados (Salvador: Quarteto, 2014); Casa onde habitamos, poesia (São Paulo: Scortecci, 2016); Arco de sentidos, literatura, tradução e memória cultural (Itabuna: Mondrongo, 2018); Tenda acesa, poesia (São Paulo: Scortecci, 2020); A vigília dos peixes, poesia (São Paulo: Scortecci, 2021). Participação em antologias: Antologia outros riscos, do Prêmio Damário Dacruz de Poesia (Salvador: FPC/SECULT-BA e Quarteto, 2013); Poetas da Bahia, III (Salvador: Expogeo, 2015); Antologia 5º Prêmio Literário de Poesia Portal Amigos do Livro (São Paulo: Scortecci, 2015); O silêncio das palavras (São Paulo: Scortecci, 2018); Singularidade das palavras (São Paulo: Scortecci, 2019). Life member of The International Alumni Association. Membro da União Brasileira de Escritores. Desde julho de 2021 ocupa a cadeira nº 26 da Academia de Letras da Bahia. Membro da Academia de Le-tras de Itabuna a partir de novembro de 2022.

Serviço:

O Tempo Não Detém a Vida
Heloísa Prazeres

Scortecci Editora
Poesia
ISBN 978-85-366-6443-9
Formato 14 x 21 cm
88 páginas
1ª edição - 2023
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